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Mais de 28 mil pessoas aguardam por consulta ou cirurgia nos hospitais do distrito de Leiria

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Fevereiro 11, 2022
em Abertura
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Mais de 28 mil pessoas aguardam por consulta ou cirurgia nos hospitais do distrito de Leiria
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Em Junho de 2020, Maria Francisco recebeu o resultado de uma citologia, com alterações celulares de “significado indeterminado”. O protocolo clínico nestas situações, explicou a médica de família, é pedir uma consulta de Ginecologia no hospital.

Desde essa data que a utente aguarda para ser chamada para um primeiro atendimento. Enquanto isso, a dúvida sobre o que poderá estar por detrás das alterações daquele exame tem-na deixado angustiada. “E se aquele resultado poderá indiciar o início de um cancro? Depois de tanto tempo à espera, algo que poderia ser eliminado à nascença pode traduzir-se num problema maior”, desabafa.

Cecília Sousa esperou cerca de nove meses por uma consulta do sono. Depois de ter sido atendida, o médico agendou um exame para analisar o problema, mas avisou-a de que a lista de espera era longa e que poderia esperar quase um ano para a realização do teste.

Antes, esta utente já tinha esperado oito meses por uma consulta de Ginecologia. À semelhança de Maria Francisco uma alteração na citologia levou a médica de família a encaminhá-la para uma consulta de especialidade no Hospital de Santo André. “Não fiquei ansiosa com a espera porque a enfermeira tranquilizou-me dizendo que era apenas seguir o protocolo e que não seria nada de grave”, conta. 

“Claro que às vezes pensava: e se com esta espera isto for pior do que se pensa? Mas confiei no que me disse a minha enfermeira”, acrescentou, lamentando, contudo, que “se tenha de esperar tanto tempo por uma consulta ou exame”.

Estes são apenas dois exemplos num universo de 28.251 mil pessoas que aguardavam, a 31 de Dezembro do ano passado, por uma consulta ou cirurgia no Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e hospitais de Caldas da Rainha e de Peniche. Só no CHL, as listas de espera somam 22.999 pessoas e a especialidade de Ginecologia é precisamente a pior em tempo de espera do País.

Segundo os dados disponibilizados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre Outubro e Dezembro de 2021, uma primeira consulta daquela especialidade no CHL, para situações classificadas como não urgentes, está a ser agendada a 457 dias, ou seja, cerca de 15 meses. Há 909 pessoas nesta situação.

No entanto, mesmo os casos considerados muito prioritários ou prioritários em Ginecologia excedem os tempos estipulados. O Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) estabelecido pelo SNS é de 30 dias para as situações muito prioritárias, 60 dias para os casos prioritários e 150 dias para situações que são consideradas normais.

Também as especialidades de Imuno-hemoterapia e Neurologia têm um longo período de espera, sendo que a segunda é também a pior do País, no tempo em que demora a agendar a primeira consulta. Entre as 27 especialidades disponíveis no site do SNS, a Anestesiologia, Endocrinologia, Otorrinolaringologia e Reumatologia têm também tempos elevados para consultas no CHL.

Psiquiatria entre os melhores

A especialidade de Psiquiatria – consulta geral é a que apresenta melhores tempos para a marcação de uma primeira consulta. Numa situação não urgente a espera não ultrapassa os 42 dias. O mesmo se passa na Psiquiatria da infância e da adolescência. Relativamente às cirurgias, o CHL cumpre praticamente todos os tempos recomendados quer para os casos oncológicos e não oncológicos. Mas há excepções.

Na Cirurgia Geral não prioritária para cancro, a espera é de 149 dias, muito acima dos 60 apontados pelo SNS. A mesma situação verifica-se na Dermatologia, com 122 dias a aguardar por uma operação. A situação mais dramática ocorre em Urologia, com os prazos prioritários de doença oncológica e não oncológica a serem ultrapassados, tal como as situações menos urgentes. O maior tempo de espera para uma cirurgia regista-se em Otorrinolaringologia.

Numa doença não oncológica sem prioridade, o utente tem um tempo médio de espera de 343 dias. Com menos especialidades disponíveis, o Hospital Distrital de Caldas da Rainha também nem sempre consegue cumprir os prazos das consultas, mesmo em casos prioritários, como sucede em Dermato-Venerologia, na qual o tempo de espera é de 56 dias para os casos muito prioritários e de 93 dias para os prioritários. Na Ortopedia um utente tem de aguardar em média 222 dias por uma consulta não urgente.

Falta de especialistas explica atraso

O Centro Hospitalar de Leiria informa que “os atrasos para primeiras consultas e cirurgias estão relacionados, em primeiro lugar, com a falta do número necessário de médicos especialistas em algumas das áreas médicas”. “Em função das necessidades que identifica para garantir uma resposta adequada à população que serve, o CHL tem pedido diversas vagas, em procedimentos concursais, para as especialidades mais carenciadas, como a Neurologia, a Oftalmologia, a Cirurgia Geral, a Endocrinologia ou a Ginecologia/ Obstetrícia, e mesmo com a respectiva atribuição de vagas pela tutela, muitas das vagas ficam por preencher”, lamenta o CHL.

Como exemplo, o hospital adianta que no final de 2021, ficaram quatro vagas por preencher para especialistas em Ginecologia/Obstetrícia.

Actualmente, o CHL tem 19 especialistas nesta especialidade nos seus quadros. A Oftalmologia do CHL conta com 11 especialistas, mas o “número é insuficiente para responder ao elevado número de pedidos para primeiras consultas”.

Na Endocrinologia, o CHL tem três especialistas e ficou uma vaga por preencher no final de 2021. “Acresce destacar que o CHL é o único da zona centro, excluindo os hospitais centrais, que tem esta especialidade, pelo que recebe muitos pedidos de primeiras consultas de utentes oriundos de concelhos fora do distrito de Leiria”, revela.

Na área da Cirurgia Geral, o CHL tem nos seus quadros 28 especialistas e ficaram duas vagas por preencher no final de 2021, já na Dermatologia existem três especialistas e ficou uma vaga por preencher. A Urologia tem cinco especialistas, sem vagas atribuídas recentemente.

“O CHL tem procurado pro-activamente influenciar os novos especialistas para virem para este Centro Hospitalar que oferece bons serviços, boas estruturas e condições de trabalho que permitem um desenvolvimento profissional diferenciado. Contudo, a distância dos locais onde se formam e se especializam, e onde vivem, a par da rigidez salarial, tem sido um factor inibidor para atrair e fixar os especialistas que o CHL e a região necessitam”, salienta a mesma fonte.

À falta de médicos especialistas, o CHL aponta os “efeitos da pandemia” que aumentaram as “áreas assistenciais e por infeção com Covid-19 ou por isolamento”, o que tem “levado muitos profissionais a ausentarse do seu trabalho, o que influi para o aumento dos tempos de espera para consultas e/ou cirurgias”.

 

 

 

Etiquetas: especialidadeshospital de Leirialistas de esperautentes
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