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Home Sociedade

Mão de Obra: as cestas do campo também são um objecto de moda urbana

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Dezembro 17, 2018
em Sociedade
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Mão de Obra: as cestas do campo também são um objecto de moda urbana
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Na oficina de trabalho ao vivo, talvez entre duas fatias de pão-de-ló, os turistas que visitam o projecto Coz'Art, instalado na antiga adega das monjas, junto ao mosteiro de Coz, no concelho de Alcobaça, ficam a conhecer a história que explica a tradição do artesanato em junco com origem na vizinha aldeia de Castanheira.

Conta-se que, há 150 anos, um agricultor que se deslocava regularmente a Lisboa para vender produtos da terra recebeu uma encomenda de esteiras para a praia e que da capital vieram duas senhoras ensinar a arte, pela abundância de mão-de-obra na província, momento zero a partir do qual nada mais foi o mesmo em terras de Cister.

Depois das esteiras, surgiram as carpetes e depois das carpetes, os cestos. O cesto dos pobres, pelo custo reduzido, para embalar o farnel no campo, onde a população ganhava os dias, numa região rural e dependente da lavoura.

Hoje, os cestos que já se faziam há 100 anos, no tempo livre e ao serão, como actividade económica para completar o rendimento familiar, são reinterpretados para o segmento alto e médio alto da moda urbana, por exemplo, através da marca Toino Abel, com sede, justamente, na aldeia de Castanheira, já destacada na Vogue, Elle, El País e Le Figaro, entre outras publicações internacionais.

Com nove anos de idade, Maria Cândida aprendeu da irmã mais velha os segredos do artesanato em junco. Na época, meados do século XX, crianças, adolescentes e mulheres adultas reuniam-se à volta do tear para trabalhar em grupo, e os mais novos recebiam dos mais velhos, entre ocasionais chapadas nas mãos, sempre que pisavam o risco, o conhecimento preservado de geração em geração. Maria Cândida começou pela tarefa mais simples – "enquanto não soubéssemos fazer os cantos bem feitos não fazíamos malas" – e deixou a escola na terceira classe com o objectivo de se ocupar a tempo inteiro. "Para ajudar para o pão".

 [LER_MAIS] 

Com o casamento, nova vida. Até que, depois da morte do marido e de criar três filhos e seis netos – "sem nunca ter carro, levei-os 17 anos para a escola ao colo" – regressou aos teares, integrada no projecto Coz'Art, do Centro de Bem Estar Social de Coz. Com uma explicação simples: "Fartei-me de estar em casa a olhar para as paredes". No fim do dia, é como andar de bicicleta. Quem sabe não esquece.

Na adega das monjas, Maria Cândida dá vida aos tradicionais cestos de junco, mas também a novas aplicações, com a supervisão de Eurico Leonardo. "Enquanto artesã, o facto de ter vindo para aqui foi uma mais-valia, porque, apesar de eu saber fazer, ela ajudou-me, porque é através dela que eu faço a transposição do passado para coisas que se estão a fazer hoje com um design diferente, introduzindo peças novas", explica o coordenador do projecto Coz'Art. E é assim que 150 anos depois das primeiras esteiras de praia destinadas às famílias de Lisboa, o junco é a matéria em que se incorporam novas ideias: dos ninhos de pássaro às malas com o coração de Alcobaça.

Etiquetas: coz'artmão de obra
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