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Home Opinião

Mar a dois

Paulo Sellmayer, designer por Paulo Sellmayer, designer
Agosto 26, 2023
em Opinião
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Foram muitas as vagas que devagar me trouxeram até aqui. Ao mar. Fui fonte e rio; agora sou a calma de estar e a força de ir. A última etapa foi numa foz onde as ondas do mar contrariavam o rio a desaguar, mantendo a corrente em remoinhos esclarecedores.

O mar permite-nos sair do nosso território, num exercício de nos deixarmos de ver e sentir compaixão quando voltamos a avistar alguém que se assemelha a nós. Uma igualdade na essência que nos une, a água.

Em todas as dimensões somos iguais a tantos outros seres. Em todas as medidas enche apenas uma o meu querer. Se demorei no trajecto posso agora demorar no destino.

Dando largueza ao horizonte delineado no mar e nos oceanos, o tamanho da liberdade com que sinto hoje o flutuar do meu corpo no fluído que me suporta extravasa o mensurável, contando a palmos de memórias conjuntas a superfície em que nos ligamos.

Quero superar as dificuldades de respiração da dicção contínua de um texto que não foi feito para ser lido; a quem se desabituou ao vaguear pleno enquanto mantra da existência digo só e apenas que em voz alta se ouve daqui, mas também ali. Ser, num conjunto de prancha e corpo ao toque e ferramenta de batoque em barco sem fundo, levados pela corrente do lugar onde definimos estar. Existirmos.

Onde antes havia ilhas e pequenos arquipélagos navegáveis vejo o continente antepassado, global e hirto, em crosta de ferida sarada, colada a húmus da terra à superfície deste planeta onde habitamos.

Sem as descobrir, entretenho-me com a surpresa da beleza que agora, ao vê-las juntas a cada maré, sinto. Nessa constante, de que depois de uma maré vazia haverá outras, concretizo o seguinte: o mar é também o coração do planeta.

E nós o corpo a fazer mexer as ondas, com os dedos na praia, a filtrar a areia. Nesta repetição de fluxos, ficou sempre uma praia, a antecipada estação final do mar, que este verão mostrou.

É hora de chegar ao mar, pela praia, de mão dada, e ficar. É hora de ir e nadar. 

Etiquetas: águaareiacorpofonteilhasLeiriamarmemóriasopiniãoPaulo Sellmayerplanetapraiaprancharegião de Leiriario
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