PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Sociedade

Mar vai desalojar milhares de pessoas no distrito até 2050

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Maio 30, 2019
em Sociedade
0
Mar vai desalojar milhares de pessoas no distrito até 2050
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

No final deste século, a zona dos estaleiros navais de Peniche e da área industrial envolvente pode ficar submersa na maré alta, assim como o porto de abrigo da Nazaré e o troço da marginal que está em frente, bem como a área que circ unda as margens do troço final do rio Alfeizerão entre Alcobaça e Nazaré.

Estes cenários são projectados no estudo Cartografia de risco costeiro associado à subida no nível do mar como consequência das alterações climáticas, elaborado por uma equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL).

Segundo o estudo, em 2050, o distrito terá cerca de 3800 pessoas a viver em zonas vulneráveis à subida do nível do mar, tendo sido considerado um aumento médio de um metro até ao final do século. Nesse momento, as projecções feitas pela equipa coordenada por Carlos Antunes estimam que o número de pessoas afectadas pela subida do mar no distrito possa ultrapassar as 5500.

De acordo com as projecções (disponíveis em www.snmportugal.pt), em 2050, as zonas vulneráveis abrangerão áreas com cerca de 2940 edifícios, número que, no final do século, subirá para perto de 4000. Peniche e Alcobaça estão identificadas com as zonas de maior riscos, estimando-se que a subida do mar ameace, em 2100, perto de 1430 habitantes e 614 edifícios, no primeiro caso, e quase 1130 residentes e 1232 construções, no segundo.

Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, Carlos Antunes explica que os cálculos foram efectuados com base nos Censos de 2011, cruzados com dados de cartografia de inundação e de vulnerabilidade física costeira, “num cenário extremo de maré”, coincidente com “período de praia-mar e um temporal semelhante ao Leslie”, que, no ano passado, deixou um rasto de destruição na região.

“O que fizemos foi, perante estas condições, calcular o potencial de inundação e contabilizar quantos edifícios e residentes podem vir a ser afectados”, adianta.  [LER_MAIS] O investigador da FCUL frisa que o trabalho tem em consideração “o pior cenário possível”. Mas, sublinha, “como se tem visto, não é assim tão improvável de acontecer”.

Aliás, os cenários podem, inclusive, vir a ser mais gravosos. Isto porque, as projecções do estudo têm em conta uma subida de um metro do nível médio do mar, sendo que um estudo publicado na semana passada na revista científica a Geoscienses aponta para uma subida de dois metros, ou seja, o dobro do valor considerado pelos investigadores da FCUL.

“Em Portugal, 34% da população reside na faixa de dois quilómetros ao longo da linha de preia-mar”, adverte Carlos Antunes, frisando que o objectivo do estudo “não é alarmar, mas sensibilizar” e criar “uma ferramenta de orientação” no planeamento, na tomada de decisões e na adopção de medidas de adaptação.

“Por exemplo, se tenho um prédio numa zona frequentemente inundada, posso abandonar o primeiro piso. A construção de obras de engenharia pesada, como diques e barreiras de contenção de água, é outra medida possível, assim como o recuo planeado das populações residentes nas zonas de perigosidade elevada”, refere o investigador, notando, contudo, que “cada caso é um caso” e defendendo a necessidade de os municípios “estudarem as intervenções com a população e com outras entidades”.

O Programa da Orla Costeira de Alcobaç a -Cabo Espichel (POCACE) , aprovado em Abril último em Conselho de Ministros, aponta já a necessidade de “dar prioridade à retirada de construções que se encontrem nas áreas críticas de relocalização em Água de Madeiros (Alcobaça), Vale Furado (Alcobaça), praia da Consolação (Peniche), Foz do Sizandro (Torres Vedras), Cova do Vapor (Almada), parques de campismo da Costa da Caparica (Almada) e Fonte da Telha (Almada)”.

O documento defende ainda o desenvolvimento de “intervenções prioritárias de retirada e renaturalização das áreas edificadas em faixa de salvaguarda que revelam maior perigosidade, nomeadamente das situações identificadas” naquelas praias. Classificada no POCACE como área crítica, a praia de Água de Madeiros tem sofrido derrocadas de arribas, situação que, como noticiou na semana passada o JORNAL DE LEIRIA, está a assustar moradores e a preocupar autarcas.

Segundo o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, o Município já alertou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que tem a jurisdição do local. “Só com o consentimento da APA se pode fazer alguma intervenção”, frisou.

Leiria com plano para as alterações climáticas

O concelho de Leiria é um dos primeiros do País a ter um Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC). O documento, aprovado no final do ano passado, contempla 54 acções, onde se incluiu, por exemplo, a construção de um mergulhante no promontório da praia do Pedrógão, a criação de mecanismos de retenção temporária de água no Vale do Lis, a execução de descarregadores de cheia no Lis e afluentes e a elaboração de um estudo hidrológico para o concelho, considerando cenários de alterações climáticas.

“Com este plano está dado o primeiro passo para afirmarmos Leiria como um concelho de vanguarda no que diz respeito à adaptação às alterações climáticas, mas este trabalho de nada valerá se não formos capazes de dar o passo seguinte, que é o mais importante, o de passar da teoria à prática”, afirmou o presidente da Câmara de Leiria, durante o seminário de apresentação final do PMAAC do concelho, realizado no passado dia 10.

Na ocasião, Raul Castro defendeu ainda que “no que diz respeito à salvaguarda do nosso território, vivemos um tempo em que não basta apregoar boas intenções duas ou três vezes por ano, quando se comemora o dia da árvore, da água, ou outra efeméride ambiental. Esta é uma luta diária”.

Etiquetas: alterações climáticasdesalojados distritoestudo vulnerabilidadessociedadesubida do mar
Previous Post

Dois incêndios em Pombal mobilizam quatro meios aéreos

Próxima publicação

Segurança ou liberdade?

Próxima publicação
Segurança ou liberdade?

Segurança ou liberdade?

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Publicidade Edição Impressa
  • Publicidade Online
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.