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O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) da Cidade da Marinha Grande, cuja fase 2 foi aprovada no início deste mês, deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2024, segundo disse Aurélio Ferreira.
O anúncio feito ao JORNAL DE LEIRIA pelo presidente da Câmara da Marinha Grande surge depois de ter sido questionado na última reunião de Assembleia Municipal pelo vereador do PSD, Manuel Santos, sobre o que pretende a autarquia fazer no estacionamento da antiga fábrica Crisal.
Aurélio Ferreira adianta que o objectivo é concluir primeiro o PMUS antes de tomar qualquer decisão. “Vamos esperar para ver o resultado do PMUS. Aquele espaço de estacionamento foi construído no meio de edifícios. Quando a empresa ficou insolvente, a propriedade ficou para uma entidade bancária”, revela.
O autarca acrescenta que se trata de um espaço abandonado e degradado, pelo que é preciso avaliar várias situações. Não obstante, Aurélio Ferreira afirma que já deu o passo para saber qual é o banco dono do terreno. Antes de tomar uma decisão também é necessário saber o custo de aquisição daquele espaço e perceber se compensa a sua reabilitação.
“Estamos a ouvir os vários stakeholders no âmbito do PMUS e antes do processo concluído, o que deverá suceder durante o primeiro trimestre de 2024, não haverá qualquer tomada de posição”, insiste.
Segundo o plano de mobilidade, o Município da Marinha Grande pretende criar uma cidade de proximidade, de 15 minutos, onde se reduzam as distâncias e se promova a melhoria da qualidade do ambiente urbano, através da adopção da mobilidade sustentável, da descarbonização, da segurança, da articulação com o planeamento e ordenamento do território.
Desviar os veículos pesados do centro tradicional da Marinha Grande é uma das medidas previstas, que pode ser extensível a todo o trânsito automóvel, assim como a criação de um interface no antigo “largo da Feira”.
Após uma primeira fase do plano, que consistiu na caracterização da cidade, a segunda fase do estudo encomendado pela Câmara da Marinha Grande apresenta agora a estratégia de intervenção, com várias propostas, entre as quais a ampliação e a qualificação da pedonalização do centro tradicional e da malha antiga da cidade e a requalificação de jardins.
Estudar a ferrovia e a rodovia de forma a que não criem “muralhas” na cidade, expandir a rede de transportes públicos urbanos e criar mais espaços cicláveis são outras das recomendações deste documento, que contém algumas indicações concretas.
