A Câmara da Marinha Grande vai recorrer à banca para construir as futuras piscinas cobertas municipais. O valor do empréstimo serão 12,9 milhões de euros, a pagar em 15 anos. O relatório preliminar para a contratação de empréstimo foi aprovado na última reunião de câmara, mas o valor em causa mereceu críticas por parte da oposição.
“Todos nós queremos muito que as piscinas municipais aconteçam”, ressalvou Ana Laura Baridó, vereadora independente eleita pelo PS. No entanto, a autarca criticou o facto da proposta ter sido feita com base num único orçamento. Além disso, “preocupa-nos a piscina passar de 6 para 12,9 milhões de euros”, realçou Ana Laura Baridó. Sobretudo quando as contas de 2023 tiveram resultado negativo, o que fará deste empréstimo “um esforço financeiro difícil de gerir”.
Também António Fragoso, vereador independente eleito pelo PS, manifestou apreensão [LER_MAIS]sobre o valor do empréstimo, esperando que, quando a obra for lançada a concurso, o orçamento para a construção, apresentado pelos concorrentes, fique aquém deste montante.
“A piscina é essencial”, reforçou Lara Lino, vereadora da CDU. “Se fosse há ano e meio, o custo era bastante inferior. Porque só agora estamos a fazer o pedido de abertura de crédito, a um ano de terminar o mandato?”, questionou a autarca.
O projecto “fez o seu percurso normal”, respondeu Aurélio Ferreira, presidente de câmara, eleito pelo movimento +MpM. “O preço da piscina será o preço de mercado”, salientou o edil, lembrando que as empresas concorrentes até poderão apresentar valor mais baixo.
“Tenho pena que não fossem feitas há mais décadas, quando não custariam 12 milhões”, comentou Aurélio Ferreira. Nessa altura, recordou, até com a possibilidade de a câmara se candidatar a apoios comunitários, acrescentou.
“A Marinha Grande não pode esperar mais por uma piscina municipal”, defendeu o autarca, lembrando que aquilo que existe actualmente é “um tanque”.
“Não demorou tempo com este executivo. Demorou foi tempo com os executivos dos 20 anos anteriores”, notou ainda a vereadora Ana Alves Monteiro, também eleita pelo +MpM.
António Fragoso respondeu que, mesmo se tivesse concorrido antes a apoios comunitários para financiamento da piscina, nada garantia ao município que obteria aprovação. Tal como não foram recentemente aprovadas as candidaturas para financiamento de obras nas escolas.