Retirar a estação de comboios e a Linha do Oeste do centro da cidade, a partir da construção de um novo troço, paralelo à alta velocidade, entre Martingança e Leiria, é uma das propostas que o Município da Marinha Grande vai apresentar à Infraestruturas de Portugal no âmbito do projecto da alta velocidade.
Segundo Aurélio Ferreira, presidente da câmara, o objectivo é criar uma solução que “não corte a cidade a meio” e que liberte o actual canal da LO para criar “um corredor de alta capacidade” a ligar os centros de Leiria e da Marinha Grande, “recorrendo a um sistema LRT – Light Rail Transit ou BRT – Bus Rapid Transit”, como o metrobus ou o trem-tram (uma mistura entre o eléctrico e o comboio, que pode circular em meio urbano e ferrovia).
Esta solução implicará a construção de uma nova estação rodoferroviária, a localizar fora da cidade na “intercepção da linha BRT/LRT com a Linha do Oeste”, defende o Município da Marinha Grande, ou seja, a nascente de Picassinhos, “antes de atravessar a A8”, explica Aurélio Ferreira ao JORNAL DE LEIRIA.
O autarca adianta que a proposta do município passa também por estender a linha BRT/LRT da zona da actual estação ao futuro interface de transportes e terminal rodoviário, previsto para o Largo 26 de Março (antigo ‘largo da feira’).
Quanto ao traçado da Linha de Alta Velocidade (LAV), o município liderado por Aurélio Ferreira irá pronunciar-se favorável à opção B, mais próximo da Marinha Grande por representar a alternativa “mais vantajosa para a região”.