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O Instituto Politécnico de Leiria está de parabéns. Durante anos, liderou um movimento nacional que reclamava a possibilidade dos politécnicos conferirem o grau de doutor e de poderem ser designadas por universidades politécnicas. Na semana passada, o Parlamento deu finalmente luz verde a uma das reivindicações e ‘meia’ luz verde a outra.
A partir do próximo ano lectivo, os politécnicos vão poder passar a outorgar o grau de doutor e a usar a designação Polytechnic University, mas apenas em inglês, no quadro da sua política e estratégia de internacionalização. O desejado sistema binário, que permitiria designar os politécnicos também como universidades para o ‘mercado’ interno fica adiado para 2024.
Ainda assim, esta alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e ao Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, representa mais uma vitória e mais um importante passo para a afirmação do Politécnico de Leiria, não só no contexto nacional, mas sobretudo no panorama internacional.
Com mais de 1.600 estudantes estrangeiros, de mais de 70 nacionalidades – que representam uma significativa fonte de receita, – a instituição tem conseguido atingir níveis de excelência na investigação e lidera, desde 2020, a Universidade Europeia RUN-EU, constituída por sete estabelecimentos de ensino superior de seis países da União Europeia.
Aos dois doutoramentos que já ministrava em associação com universidades portuguesas, nas áreas de Fabrico Digital Direto para as Indústrias dos Polímeros e Moldes, e em Criação Artística, o Politécnico de Leiria pode juntar agora novas propostas doutorais em áreas onde possui experiência científica e académica relevante. E pode reforçar a sua notoriedade além-fronteiras.
Enquanto isso, é esperar até Dezembro de 2024 – a data limite proposta pelo Governo para apresentar “as disposições necessárias à definição dos requisitos mínimos para a criação e funcionamento de um estabelecimento de ensino como universidade politécnica” – para que a vitória seja completa.
