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Home Sociedade

Miguel e Xavier querem “curar” a terra em Pedrógão Grande e pedem ajuda

admin por admin
Março 25, 2021
em Sociedade
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Miguel e Xavier querem “curar” a terra em Pedrógão Grande e pedem ajuda
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Miguel Humblet é belga e vive há cerca de 10 anos na aldeia de Gravito, Pedrógão Grande, à qual a companheira, também belga, tinha ligações familiares. Xavier Hancock nasceu no Reino Unido e vive, actualmente, em Gozo, ilha que pertence ao arquipélago de Malta.

Em comum, têm uma imensurável paixão pela natureza e a escolha do norte do distrito de Leiria para pôr em prática um estilo de vida sustentável e em contacto com o meio ambiente.

Ambos são proprietários de terrenos em Pedrógão Grande e ambos foram afectados pelos incêndios de 2017. Em vez de baixarem os braços, decidiram deitar mãos à obra e regenerar a terra, reconstruindo todo o ecossistema.

Ao todo, os dois amigos propõem-se “curar” cerca de sete hectares, com a esperança que o projecto possa ajudar “a mudar mentalidades” e contagiar outros proprietários para que “avancem da monocultura [do eucalipto] em direcção à biodiversidade”. Para que a empreitada que têm em mãos possa continuar, lançaram agora um crowdfunding para angariar mais apoios.

No texto onde apresentam a campanha, Miguel e Xavier contam que já investiriam mais de 400 mil euros neste projecto, desde a compra do terreno, remoção de eucaliptos ardidos e aquisição de maquinaria e ferramentas, até à preparação do solo e apoio aos voluntários que têm ajudado nos trabalhos.

Com esta iniciativa, pretendem conseguir apoios que lhes permitam avançar para a fase de reflorestação, na qual irão empregar “mais de 100 espécies” de árvores e arbustos, [LER_MAIS]provenientes de viveiros locais.

Encontro de sonhos em Gravito

Mas recuemos até Abril de 2017, quando Xavier e a sua companheira Arantxa partiram de Malta para uma road trip de três semanas em Portugal. Queriam “explorar o País” com o objectivo de adquirir um terreno e “iniciar a sua jornada rumo a um estilo de vida sustentável”. Gravito foi um dos pontos de paragem.

É aí que conhecem Miguel, designer e criador belga que descobriu a aldeia há cerca de 20 anos através de Shobha, a companheira que tem origens na região (o seu tetravô era de Gravito).

“A aldeia estava abandonada há 50 anos. Encontrava-se em ruínas e coberta de silvas. Uma das casas pertencia ao tio de Shobha”, conta Miguel, que passou a vir, todos os anos, “algumas semanas” ao local, para tentar limpar as silvas, acampando na terra.

Mudaram-se para lá há 11 anos. Restauraram a casa e criaram um centro de retiro com cursos de ioga. Em 2017, quando conseguiram a primeira temporada lotada do espaço, veio o fogo. Já lá iremos.

Voltemos a Xavier e ao encontro com Miguel, que o ajudou a identificar um potencial terreno. A opção acabou por recair num outro: uma propriedade com quatro hectares – a que deu o nome de Libelina Aventura – adquirida com o dinheiro resultante da venda da empresa de desportos de aventura que Xavier havia criado em Gozo.

Três meses depois dá-se o incêndio, que deflagrou no dia 17 de Junho, destruindo perto de 50 mil hectares e tirando a vida a 66 pessoas. Xavier estava em Malta e soube do fogo através de mensagens de amigos perguntando se estava bem.

Ao ver as imagens “chocantes” e, posteriormente, ao fazer a viagem de carro de regresso a Gravito três meses após o fogo – a experiência “mais triste” da sua vida -, percebeu que tinha acabado de investir “todas as suas economias” numa área com problemas ambientais graves.

Fogo foi “como uma iniciação”

Miguel e Shobha vivenciaram o incêndio na primeira pessoa. Na primeira noite, tiveram de evacuar o centro de retiro, com as chamas a virem “em três direcções”. Voltariam dois dias depois, pela terra “desolada e carbonizada”, e constaram que o fogo parou “milagrosamente” junto à sua casa, depois de queimar a habitação ao lado. A residência foi poupada, mas a propriedade sofreu danos.

Em vez de desesperarem, Miguel e Shobha avançaram com um projecto de eco-regeneração do local, ao qual Xavier se aliou. “Foi como uma iniciação”, referem, revelando que ao verem como o fogo “envolveu magicamente a aldeia e deixou uma ilha verde no meio de um vale carbonizado”, perceberam que não viviam numa floresta, mas rodeados de “uma plantação de monocultura de eucalipto” que, “na verdade, é como uma bomba relógio”.

Miguel começou “uma jornada de aprendizagem de ecologia”. Frequentou um curso de design em permacultura e outras acções na área da agricultura sintrópica, começando a desenhar a regeneração do espaço.

Com ajuda de amigos e voluntários, Miguel e Xavier têm vindo a preparar o terreno. A intervenção abrange mais de sete hectares nas duas propriedades – Gavito Retreat Center e Libelinha Venture – e começou com a remoção de eucaliptos e “limpeza da floresta danificada, enterrando toda a biomassa para reter o carbono”, explica Miguel.

Foram também implementados sistemas de gestão de água – reservatórios naturais, que enchem com a chuva, e valas para “retardar o avanço” em caso de pluviosidade mais intensa – e feitas acções de regeneração do solo através de “recursos ricos em nutrientes”.

O projecto está agora a entrar numa fase decisiva, a da plantação, para a qual se destina a campanha de angariação de fundos, através da plataforma GoFundMe. “Depois do gigantesco incêndio e já no segundo ano de pandemia, ainda não conseguimos realizar retiros e quase esgotámos os nossos recursos”, justifica Miguel Humblet, explicando, assim, a razão da campanha.

“Não estamos apenas a plantar árvores”, sublinham os promotores da incitava, que partilham o sonho de que o projecto possa ajudar a “mudar a mentalidade das pessoas através da educação, para que avancem da monocultura em direcção à biodiversidade” e o desejo “profundo de curar a terra”.

 

Miguel Humblet

Nasceu na Bélgica e é design e
criador. Descobriu Gravito,
aldeia de Pedrógão
Grande, há cerca de 20 anos,
através da companheira Shobha
Brennan, que tem ligações
familiares ao concelho. Há 11
anos, mudaram-se para a aldeia,
onde criaram um centro de retiro
– o Gravito Retreat Centre

Xavier Hancock

Nasceu em Inglaterra e vive
em Gozo, ilha do arquipélago de
Malta. Tem formação em design de produto e trabalha
na área da gestão de projectos.
Criou em Gozo uma empresa de
desportos de aventura que
vendeu em 2017, usando essa
verba para a aquisição de uma
propriedade em Pedrógão Grande

 

 

 

Etiquetas: crowdfundingPedrógão Granderecuperação solos
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