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Home Economia

Milho ainda domina Vale do Lis, mas outras culturas ganham terreno

Redacção por Redacção
Setembro 10, 2018
em Economia
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Milho ainda domina Vale do Lis, mas outras culturas ganham terreno
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Dos cerca de 2000 hectares que compõem o perímetro hidroagrícola do Vale do Lis, 1400 estão a ser cultivados, estima a Associação de Regantes e Beneficiários. O milho é a cultura que maior área ocupa (cerca de 700 hectares), mas destes terrenos saem também muitos outros produtos: alfaces, pimentos, bróculos, bacelos, tomates, arroz carolino e culturas forrageiras são alguns exemplos.

Os subsídios concedidos pela União Europeia, a existência (ou não) de unidades transformadoras, as suas necessidades e as contingências de mercado ditam, directa ou indirectamente, o que se cultiva nestes campos.

Longe vão os tempos da beterraba sacarina (para açúcar). E há quase uma década, o tabaco, que dominava a paisagem e assegurava o sustento de muitas famílias, começou a ser substituído pelo milho. Pomares de fruta, bacelos e hortícolas começaram também a ganhar terreno.

Longe das estradas mais frequentadas do campo, junto aos cursos de água, a cultura de arroz no Vale do Lis passa muitas vezes despercebida. Mas há décadas que este cereal é cultivado, nomeadamente na zona das Sismarias, freguesia de Monte Redondo.

Nuno Guilherme, 44 anos, é um dos produtores (só há outro) de arroz carolino, a única variedade que se cultiva no Vale do Lis (as condições climatéricas da região assim o ditam). Tem agora 60 hectares, mais 14 do que há uns anos.

A produção varia entre as quatro e as seis toneladas por hectare e é vendida à Nova Arroz. “Esta é uma cultura muito ingrata, devido à incerteza do clima”, diz este produtor, que também cultiva 30 hectares de milho.

Com cerca de 100 hectares, Uziel Carvalho é hoje o maior produtor deste cereal no Vale do Lis. Todo o milho que produz é para silagem, ou seja, vai ser triturado (planta e grão) para depois alimentar as vacas leiteiras da sua exploração. Tem ainda 130 hectares onde produz forragens (consociação de gramíneas com leguminosas).

Há 12 anos que Fábio Franco começou a produzir alfaces no Vale do Lis. Tem agora 45 hectares (ar livre e estufas), onde cultiva variedades de valor acrescentado: chicórias, radicchio e icebergue, entre outras.

Vende a sua produção à Campotec, da qual é sócio, e é aí que a maioria das alfaces são transformadas, dando origem aos chamados produtos de quarta gama, ou seja, prontos a consumir. O jovem produz actualmente uma média de 5,5 milhões de alfaces por ano. “A produção tem crescido porque a procura tem crescido”.

Olímpio Elias é apontado como o segundo agricultor com mais área no Vale do Lis. No total cultiva cerca de 100 hectares, 40 deles com tomate para a indústria. Produz, em média, quatro mil toneladas por ano, conta ao JORNAL DE LEIRIA.

O tomate é vendido à cooperativa Multitomate, que por sua vez o vende à Italagro, empresa situada em Castanheira do Ribatejo que tem accionistas japoneses. É transformado em concentrado e depois exportado para o Japão, onde é usado para a produção de molhos e outros produtos à base de tomate.

“Esta empresa paga bem, mas é muito exigente, até porque consegue tomate da China a metade do preço. Mas prefere o nosso por ser de melhor qualidade”. Nesta matéria não pode haver falhas.

“Temos um problema grave, que são os corvos Picam o tomate, o que significa que a carga é rejeitada se houver tomates picados”, explica o produtor, que se vê obrigado a ter dois homens por dia ocupados apenas em “espantar” estas aves dos terrenos e admite mesmo pôr fim à produção de tomate se o problema se mantiver. Entre o que é rejeitado pela fábrica e o que fica no campo, os estragos atingem as 200 toneladas.

“Vou aguentando porque tenho um investimento de quase meio milhão de euros, entre equipamentos de colheita e tecnologia de rega (permite controlar as regas através de uma aplicação no telemóvel)”. Em tempos, Olímpio Elias chegou a ter uma centena de mulheres por dia a colher tomates, mas teve de mecanizar esta operação.

“A máquina recolhe em quatro horas o mesmo que as 100 mulheres num dia”. É que “a concorrência é enorme, porque há países onde o tamanho da propriedade é gigantesco e a rentabilidade é completamente diferente”.

Aos 68 anos, Joaquim Almeida é o maior produtor de bacelos no Vale do Lis. Dos 50 hectares que possui, 15 são ocupados com vinhas mães de porta enxertos e 10 com bacelos (1,5 milhões de pés). “É só mudar o bacelo daqui para o local pretendido, no ano seguinte já se produzem uvas”, explica o agricultor, que vende os seus bacelos a vários produtores da região do Douro, cujas uvas são depois compradas por várias marcas de Vinho do Porto.

 [LER_MAIS] Além de milho (18 hectares), Paulo Brás cultiva ainda sete hectares de hortícolas, entre eles pimentos e bróculos, que vende à Monliz. “Se as condições metereológicas ajudarem, os hortícolas são mais rentáveis”, diz. “Este ano fiz bróculos de Primavera e estou agora a plantar para o Inverno”. Também ele se queixa dos corvos. “São milhares e destróem as culturas”.

 

Algumas obras já estão em curso
Investimento de 14 milhões para modernizar regadio

 A obra de Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Lis (AHVL) vai ser alvo de trabalhos de modernização, um investimento total de 14,4 milhões de euros, aprovado no âmbito do Programa Nacional de Regadios. Henrique Damásio, director técnico da Associação de Regantes e Beneficiários, explica que os trabalhos vão decorrer em quatro fases: estabilização dos taludes do colector do Boco (já em curso, pronta dentro de três meses); rede de rega do Boco (projecto está a ser alvo de revisão, concurso deverá ser lançado em breve); rede de rega das Salgadas e colector guarda mato de fora (projectos a ser revistos, não se conhece data para lançamento dos concursos).

O governo reconhece que a rede de rega em muitas zonas do Vale do Lis está degradada, como aliás é possível perceber numa visita ao local. Por outro lado, há canais e valas completamente cobertas de vegetação e entupidas. Henrique Damásio explica que as responsabilidades estão divididas por várias entidades, sendo que a Associação de Regantes é apenas responsável pelas infra-estruturas de rega e drenagem dentro do perímetro agrícola. “Tudo o que está nas áreas urbanas ou urbanizáveis, é da responsabilidade das câmaras”. Já as valas do sistema de defesa contra cheias estão sob a alçada da Administração Regional Hidrográfica do Centro e o Lis sob a alçada da Agência Portuguesa do Ambiente.

Etiquetas: agriculturaeconomiavale do lis
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