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Manuel Heitor apontou a interligação entre o Politécnico de Leiria e a empresa Vipex como um exemplo a seguir no País. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destacoua importância da proximidade do ensino superior ao sector empresarial, considerando que “pessoas qualificadas” vão “criar mais riqueza, após a visita à Marinha Grande.
Manuel Heitor adiantou que o roteiro Qualificação, Requalificação e Inovação: impulso para a produtividade e competitividade “não podia ter começado melhor”, com a visita à Vipex, onde o que mais o “motivou” foi “ver a alegria no trabalho”.
“O que vemos nesta empresa é o emprego de pessoas qualificadas, que estão a criar mais riqueza e novos produtos e a empresa está a crescer. Esta proximidade do ensino superior com as empresas e com a atividade de investigação juntamente com um apoio importante dos municípios é particularmente importante”, disse ao JORNAL DE LEIRIA.
O governante pretende que no Plano de Recuperação e Resiliência “este seja o modelo quer na área do ensino superior, que tem de ser tudo feito em colaboração com as empresas e com os municípios, quer na área da inovação empresarial que tem envolver atores locais”.
“Esta capacidade de inovar depende das pessoas e de pessoas alegres, num ambiente de trabalho bom e digno, combatendo sempre a precariedade no trabalho e dignificando a qualificação das pessoas, para lhes dar melhores salários e trazer mais valor económico às atividades produzidas”, reforçou Manuel Heitor.
Na visita à Vipex, o ministro falou com alunos e ex-alunos do Politécnico de Leiria. Alguns que realizaram cursos Tecnológicos Superiores Profissionais e licenciaturas, outros que estão a realizar pós-graduações ou até um doutoramento, assim como jovens a cumprir estágios curriculares.
Um desses exemplos é Bruno Silva, engenheiro electrotécnico formando no Politécnico de Leiria, que está a realizar um doutoramento em inteligência artificial, e que destacou a “relevância” da ligação entre o ensino superior e as empresas, que se complementam entre “teoria e prática”.
“Este é um exemplo daquilo que é o país que todos queremos construir, com mais riqueza, mais emprego e mais emprego qualificado e com empresas que sejam cada vez mais economicamente sustentáveis e com metas. Aqui há metas para duplicar a faturação, mas criando também mais empregos”, destacou também Manuel Heitor.
Jorge Santos, administrador da Vipex, afirmou ser um “grande defensor de douramentos em empresa”, salientando que trabalha para “gerar valor” e “reduzir custos”, algo que os “clientes apreciam”.
Destacando que a Vipex tem contratado estudantes das várias escolas do Politécnico de Leiria, o presidente Rui Pedrosa frisou que a instituição de ensino superior “trabalha no sentido da empregabilidade qualificada para melhoria da qualidade de vida desta região”.
“Passa por ter empresas economicamente competitivas e isto só se faz com conhecimento. Os nossos estudantes que aqui vimos aumentam valor em toda a cadeia e quando as empresas estão melhor em termos competitivos globais, a região está melhor e o Politécnico de Leiria está melhor a prestar o seu serviço de formar e de ter projectos de inovação e investigação com impacto”.
