As exportações de moldes “voltaram a atingir um valor recorde” em 2017, superando os 675 milhões de euros. O ano passado foi, pela sexta vez consecutiva, um dos melhores em termos de produção e exportação, revelou esta segunda-feira a Cefamol.
De acordo com a associação representativa do sector, sediada na Marinha Grande, aquele valor representa um crescimento de cerca de 8% face a 2016, quando as exportações atingiram os 626 milhões de euros. Em 2016, o valor total da produção ficou estimado em 794 milhões (para 2017 o valor não foi ainda revelado).
“Quando comparados com o início da década, mais concretamente com o ano de 2010, os valores das exportações representam mais do dobro do verificado nessa altura, o que é representativo de que Portugal, ao longo dos anos, tem demonstrado uma elevada capacidade de adaptação às necessidades dos seus clientes e à evolução, quer dos mercados quer das tecnologias”, aponta a associação no documento divulgado esta segunda-feira.
“Um outro indicador a destacar, este ainda com referência a 2016, foi a criação de emprego líquido no sector. Desde o inicio da década, ou seja, em seis anos, a indústria de moldes recrutou para as suas empresas cerca de três mil novos quadros”.
As 515 empresas existentes empregam aproximadamente 10.460 pessoas, nas regiões da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis.
“Devido ao seu carácter de inovação e de alta intensidade tecnológica, Portugal encontra-se entre os principais fabricantes de moldes a nível mundial: é o oitavo produtor do mundo e o terceiro a nível da Europa, no que a moldes para a injecção de plástico diz respeito, exportando mais de 80% da produção total”.
[LER_MAIS] Em 2017, os principais mercados dos moldes portugueses foram Espanha (22%), Alemanha (21%), França (12%), República Checa (6%) e Polónia (5%). Seguiram-se Estados Unidos, México e Reino Unido, Eslováquia e Hungria.
“Tais resultados demonstram a eficácia da estratégia de promoção coordenada pela Cefamol”, que tem direccionado as suas actividades não apenas para os mercados tradicionais mas também para outras com potencial.
No ano passado, os moldes nacionais chegaram a um total de 93 mercados, “o que demonstra a dimensão internacional e global desta indústria”.