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O MOVE – Movimento Independente, fundado em 2012 pelo antigo presidente da Câmara de Ourém Vítor Frazão, não vai concorrer às próximas eleições autárquicas. O anúncio foi feito pelo actual líder do MOVE, o deputado municipal João Pereira, na última sessão da Assembleia Municipal, onde garantiu que o movimento “não irá morrer”.
“Este conjunto de pessoas continuará atento à acção política no concelho e a dar os seus contributos para, quem sabe, talvez daqui a quatro anos se apresentar novamente a eleições”, afirmou João Pereira, frisando que, ao longo dos anos, o movimento procurou ter uma postura “construtiva”, ao criticar “quando tem de criticar e elogiando quando o trabalho é bem feito”.
A convicção do líder do MOVE é que o movimento, com a sua presença na Assembleia Municipal, na câmara e nas juntas de freguesia, “desempenhou um papel importante na defesa da democracia” e da população do concelho.
Sobre as próximas eleições autárquicas, marcadas para 12 de Outubro, João Pereira expressou o desejo de que o actual presidente da câmara se possa manter em funções. “Não vou ser audaz ao ponto de dizer ‘vamos todos votar no Luís [Albuquerque’, mas espero que possa continuar a servir a população”, disse.
Em reacção à comunicação feita por João Pereira, o presidente da Assembleia Municipal considerou que o papel que o “MOVE e o deputado desempenharam neste órgão muito dignificou as nossas sessões”, dando um contributo “muito positivo e valioso, que enobrece a missão que lhe foi confiada”.
O Move apresentou-se a eleições, pela primeira vez, nas autárquicas de 2013. Elegeu Vítor Frazão e forçou o presidente eleito, o socialista Paulo Fonseca, a assinar um “compromisso de governabilidade”, para lhe garantiu maior tranquilidade de governação, já que tinha o mesmo número de mandatos do que a coligação PSD/CDS-PP (três). Voltou a concorrer em 2017 e 2021, mas já não conseguiu eleger qualquer vereador, ficando apenas representado na Assembleia Municipal. Após o último acto eleitoral, Vítor Frazão deixou a liderança do MOVE, que passou a ser assumida por João Pereira.
