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Bruno Horta criou há cerca de três anos o Movimento Maker Portugal, uma comunidade digital com cerca de oito mil pessoas que alia mentes criativas, apaixonadas por impressão 3D ou não, que partilham conhecimentos e técnicas online.
Foi também este programador que teve a ideia de pedir o contributo de todos os elementos para produzir um modelo de viseira de protecção, a partir de modelos opensource e optimizado por si, para ajudar no esforço de combate à pandemia de Covid-19.
Até ao momento já foram fabricadas mais de cinco mil viseiras, 1300 das quais entregues ao Município de Leiria com destino às IPSS, 220 para Centro Hospitalar de Leiria, 24 para cada corporação de bombeiros do concelho, mil unidades para a Universidade de Coimbra, estando previsto o envio de mil para a Lisboa.
“Continuaremos a produção em grande escala para o Município de Leiria, com destino aos lares, supermercados e outras entidades que delas necessitem. O nosso objectivo é o de garantir protecção ao maior número de pessoas”, explica Bruno Horta.
O apoio de muitas empresas de Leiria neste esforço foi essencial: na Plastidom está a ser efectuado o fabrico, montagem e distribuição da viseiras; a NV Uniformes ofereceu todos os elásticos; Sérgio Martins desenhou o molde; Luís Tavares, da 3DTav, fabricou e ofereceu o molde em apenas dois dias; a TUCAB ofereceu 100 quilos de filamento; e a comunidade de Leiria ofereceu os acetatos necessários.
“Vamos continuar a produzir enquanto tivermos matéria-prima”, afirma Bruno Horta, acrescentando que pretendem dar apoio a todo o País, tendo já recebido pedido de 32 mil unidades. “A nossa esperança é que a indústria pegue nisto e tente criar versões homologadas que garantam o fornecimento sustentado ao país”, refere.
Parte das viseiras ontem distribuídas aos municípios da Comunidade Intermunicipal da região de Leiria teve origem neste movimento.
Em nota, o Município de Leiria agradece o empenho de todos os envolvidos neste processo “pelo contributo que está a dar à sociedade leiriense neste momento particularmente exigente”.
Para consultar informação sobre distribuição de entregas por tipo de instituição clique aqui.
