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O Município de Leiria prevê um investimento na ordem dos 10,6 milhões de euros na reabilitação de duas escolas no concelho, cujos projetos irá candidatar a fundos comunitários do Portugal 2030 até Abril.
O anúncio feito pelo presidente da Câmara surgiu em resposta ao vereador independente eleito pelo PSD, Álvaro Madureira, que na reunião de executivo de hoje, questionou o “estado calamitoso” em que se encontra a Escola Secundária Afonso Lopes Vieira (ESALV), que “não tem condições”.
“Temos em curso projectos para duas escolas que iremos submeter a candidatura ao Portugal 2030 até 30 de Abril”, disse Gonçalo Lopes, ao apontar que a Escola Básica 2, 3 D. Dinis está classificada com prioridade “muito urgente” e tem um investimento estimado na ordem dos 6,8 milhões de euros. Já a requalificação da ESALV, com prioridade “urgente”, prevê um investimento de cerca de 3,8 milhões de euros.
Segundo Gonçalo Lopes, a “esperança” é que os projectos sejam financiados, mas caso isso não suceda “haverá sempre a vontade de realizar a obra por parte do município, sendo necessário garantir o seu financiamento”.
O presidente assegurou, contudo, que a câmara assumirá sempre o financiamento de uma das obras, mesmo que nenhuma seja contemplada. Se apenas um dos projectos for financiado, a autarquia compromete-se “a avançar com as duas obras na garantia de que no futuro, a nível de apoio, ela possa ser incluída”.
“A informação que nos deram é que há 20 milhões de euros disponíveis na região centro, pelo que haverá muita procura. Estas são escolas importantes, têm muitos alunos e o seu nível de degradação é elevado, pelo que há possibilidade de puderem ficar bem classificadas”, acrescentou.
“Vamos fazer a candidatura e depois havemos de definir a estratégia em termos de investimento. Mas um trabalho importante que já foi feito é o planeamento e os projetos, que são totalmente financiados pela câmara, algo que o ministério ao longo destes anos não conseguiu fazer. Portanto, há aqui um passo foi dado”, reconheceu.
Assumindo que nenhuma das obras poderá iniciar-se ainda este ano, Gonçalo Lopes deixou o alerta que os trabalhos vão obrigar “a fazer toda uma nova escola temporária que pode ser dentro ou fora do estabelecimento, enquanto a obra decorre, nomeadamente na D. Dinis, que vai ter a ampliação de um bloco”.
Gonçalo Lopes explicou que a “atractividade” de Leiria e a chegada de imigrantes tem feito crescer a população e a D. Dinis “está sobrecarregada”. “É necessário ter mais salas de aulas para poder responder a esta carga”, disse.
O projecto da D. Dinis prevê a ampliação de um dos blocos, permitindo passar de 29 para 37 salas de aula. O pavilhão será remodelado, construindo-se novos balneários e uma sala de ginásio para a prática de boccia.
Os campos desportivos exteriores, incluindo a bancada existente, também serão alvo de intervenção.
O acesso das salas será invertido (a entrada faz-se pelo exterior actualmente): os blocos vão virar para dentro, para corredores internos, que serão criados e interligados, construindo-se zonas cobertas para circulação, um recreio coberto e uma pequena sala de auditório.
Na ESALV já foi retirado o amianto, adiantou Gonçalo Lopes, referindo que os melhoramentos serão ao nível dos blocos, das caixilharias, da eficiência energética, qualidade dos recursos educativos, salas de aulas e refeitório.
