Sete anos depois do encerramento, devido a insolvência do anterior proprietário, o Museu da Vida de Cristo, em Fátima, vai reabrir no próximo dia 15.
A informação, avançada recentemente pelo Notícias de Fátima, é confirmada ao JORNAL DE LEIRIA por Rui Falcão, representante Renowned Champion, imobiliária que, em 2021, comprou o museu, num negócio que envolveu também o parque de estacionamento do edifício e 20 das 35 lojas existentes.
Segundo Rui Falcão, para já, reabrirá apenas o museu, com a mesma exposição que tinha, mas o objectivo é definir um “programa de abertura e dinamização do restante shopping”, em articulação com os proprietários das outras lojas.
O representante da Renowned Champion adianta que a reactivação do museu implicou “melhoramentos” no espaço, nomeadamente, ao nível da iluminação, componente eléctrica e limpeza, para resolver alguns problemas associados ao facto de o museu ter estado fechado vários anos.
Rui Falcão adianta que o museu funcionará diariamente, das 10 às 19 horas, havendo a possibilidade de abrir também à noite. “Quanto mais oferta existir, maior é a probabilidade de as pessoas ficarem mais tempo em Fátima”, salienta o responsável, que reconhece que a aquisição do museu por parte da Renowned Champion, que trabalha no ramo imobiliário, teve “uma componente mais emocional”, embora permita também “diversificar” as áreas de negócio da empresa.
Inaugurado em 2007, o Museu da Vida de Cristo é constituído por 210 figuras de cera, distribuídas por 33 cenas, o mesmo número de anos que viveu Jesus. Em 2017, o tribunal decretou a insolvência da Vida de Cristo – Parques Temáticos, empresa dona no museu, por dívidas de 6,1 milhões de euros.
Segundo a agência Lusa, entre as razões invocadas para a insolvência, os proprietários referiam a redução do número de visitantes, de 80.000 em 2010 para 38.000 em 2015 e 2016, mostrando “a verdadeira dimensão da crise” que afectou o País e Fátima, que vive essencialmente do turismo religioso.
Em Maio de 2021, o museu foi comprado pela Renowned Champion por 1,1 milhões de euros contra o mínimo inicial fixado em 2017 em perto de 5,9 milhões de euros.