Completa este ano duas décadas de existência e tornou-se num dos espaços mais visitados da cidade da Marinha Grande. O brilho das obras expostas no Museu do Vidro atraiu, só em 2017, mais de 25 mil pessoas.
Os visitantes chegam através de escolas, associações, juntas de freguesia, através de passeios organizados por agências de viagens ou por iniciativa individual, e ficam rendidos às peças do século XVIII (como as galhetas unidas), também pela garrafa de seis vinhos, pelo lustre do salão nobre, pelas ventosas (e pela sala do vidro de farmácia no seu todo) ou até mesmo pelos moldes.
“A sala do vidro doublé é das que suscita também muito interesse, pelas cores do vidro e pelo trabalho de decoração das peças (lapidação e gravação)”, salienta a Câmara da Marinha Grande.
[LER_MAIS] “As oficinas de trabalho ao vivo do vidro (técnicas de vidro de maçarico e lapidação) agradam também muito aos visitantes, pois possibilitam observar ao vivo técnicas de fabrico e decoração do vidro, constituindo um ponto de interesse importante na visita ao Museu”, acrescenta o Múnicípio, que destaca ainda a colecção permanente do Núcleo de Arte Contemporânea. Aí, podem ser observadas diversas obras de vidro artístico contemporâneo, de artistas portugueses e estrangeiros,especifica a Autarquia.
Com o encerramento da Fábrica Stephens, em 1994, e com a consequente separação da zona de produção da antiga fábrica pombalina, possibilitou-se a constituição de um protocolo entre o Estado e Câmara Municipal, que evoluiu para a criação do Museu do Vidro. Este espaço nasce por deliberação da Assembleia Municipal, em 1997, e abre ao público no ano seguinte, numa primeira fase apenas com uma área de exposição: o Núcleo de Artes Decorativas instalado no Palácio Stephens.
Dez anos depois, foram inauguradas as Reservas Museológicas do Museu do Vidro. Já em 2013, o Museu do Vidro reabre, melhorado, depois de ter estado dois anos encerrado ao público. Nesse mesmo ano, o Museu viu alargadas as suas áreas de exposição e de visita, passando a contar com novos espaços: as instalações do Serviço Educativo (com duas salas para realização de actividades educativas, localizadas no Jardim Stephens), as oficinas de trabalho do vidro ao vivo (localizadas no Jardim Stephens) e o Núcleo de Arte Contemporânea (instalado no Edifício da Resinagem).
Em 2013 também, inaugura a Colecção Visitável para o Futuro Museu da Indústria dos Moldes, cuja exposição veio dar continuidade ao núcleo de moldes do Museu do Vidro, alargando a sua temática expositiva.
Desde a sua fundação, têm passado pelo Museu exposições temporárias de artistas portugueses como Carmo Valente, Maria Helena Matos, João Silva, Manuela Castro Martins; também mostras temporárias com trabalhos de mestres e artistas marinhenses como, por exemplo, Olinda Colaço, António Esteves, Otávio Botas ou Vitor Salgueiro; exposições internacionais de vidro de Murano (Veneza), de vidro contemporâneo australiano, finlandês e norueguês
. E destaca- se ainda a colecção permanente do Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro, que integra obras de artistas de renome nacional e internacional como: Júlio Liberato, Gama Diniz, Erga Rehns, Dale Chiuly, José Guimarães, Maria Helena Matos, Joana Jorge Gonçalves, Jiri Suhájek e Hiroshi Yamano, entre muitos outros.
A face contemporânea do vidro
O Núcleo de Arte Contemporânea, do Museu doVidro, foi inaugurado em 2013 com a exposiçãotemporária O lado feminino do vidro – glass seenthrought feminine eyes. Este espaço, localizado noantigo edifício da Resinagem, no centro tradicionalda Marinha Grande, foi alvo de requalificação porparte da Câmara Municipal, que ali realizou uminvestimento de cerca de quatro milhões de euros,co-financiado por fundos comunitários