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Home Opinião

Música | Ainda tenho um sonho ou dez

Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente por Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente
Junho 17, 2021
em Opinião
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Já aqui citei, volto novamente à menção, e se assim se justificar, não será a última vez: Vasco Gato escreveu (notado por Golgona Anghel) que “em poesia, o sentido é o corpo intacto dentro do veículo sinistrado. Ferro contorcido e carne verbal, guardada em segredo. O poema é desencarcerar-se”.

A essa citação, acrescento uma outra, lembrada por Gato, aos peões com a poesia, mas quanto à arte de a saber declamar, quando evoca Leonard Cohen, que deixou um conselho muito sábio: “diz as palavras, transmite a informação, chega-te para o lado, as palavras morrem se as representares, murcham, e a única coisa que sobrará será a tua ambição”.

Creio que é assim que devemos encarar o Ciclo de Música Exploratória Portuguesa, a acontecer em espaços do castelo de Leiria. A também chamada, Música Experimental Portuguesa, tem sabido libertar-se de amarras sonoras de onde sai sempre ilesa. 

Do ponto de vista do espectador, nem sempre se sabe se são improvisos, ou fragmentos em adiantado estado de composição.

As diversas agremiações, dentro de variados mundos desta arte, que, dos Osso Exótico, passando por Sei Miguel até aos Telectu, fazem desta programação, algo de único e histórico.

O paradoxo de se querer enquadrar uma singularidade numa ocasião é, na verdade, também ela um exercício de experimentação.

O contexto é tudo. A banda alemã, Einstürzende Neubauten, incorporou nas suas composições, martelos pneumáticos.

Mas isso não significa que um fã da banda se detenha junto a um estaleiro a ouvir os seus sons. Incorporação é palavra-chave para aqui.

Querer isolar esses recursos sonoros da sua oportunidade, é um ato que não resolve.

A velha pergunta do que é a arte, também pode ser substituída por outra – quando é que há arte? – como muito bem perguntou, ainda nos anos 70, o filósofo norte-americano, Nelson Goodman.

E ainda hoje não há consensos e ainda bem.

Recebo com fairplay quando me recordam que já atuei ao vivo com aspiradores, espremedores de citrinos ou berbequins.

Não tenho de levar a mal alguma bazófia, mas também não deixo que ridicularizem ou banalizem o ato em si. Há um pensamento, contextos, oportunidades, apropriações e, sobretudo, integrações. E porque não?

Não os ouvem em airplay nas rádios, nem confirmam os vossos gostos, mas estes intérpretes têm dentro de si constelações que valem a pena descobrir.

Alguns com carreiras de mais de trinta anos, e outros e outras são representantes de uma nova geração.

Com muitas internacionalizações e bandas sonoras, só as biografias dos que cá vêm (e outras tantas que não fazem parte deste lote), dava para fazer um livro que, aliás, ainda não foi feito.

Haja interesse no corpo intacto dentro do veículo sinistrado.  

Texto escrito segundo o Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: castelo de LeiriaCiclo de Música Exploratória PortuguesacríticaDJ Schmeichaelfade inIgreja da PenaLeiriamúsicaopiniãoOsso ExóticoPedro Miguel FerreiraSei Miguel
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