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Home Opinião

Música | As doenças silenciosas e invisíveis

Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente por Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente
Maio 22, 2021
em Opinião
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Havia um determinado tipo de cliente que, assim que metia os pés no bar ou na discoteca onde eu trabalhava, automaticamente, pensava que eu já lhe devia alguma coisa.

A fauna que cirandava pelos bares e discotecas era, naturalmente, um reflexo da sociedade. Algures entre a habitual confusão da “obra prima do mestre e a prima do mestre de obras” (um dos slogans da antiga rádio VOXX): ambos com os seus méritos, mas com contextos diferentes.

Este alheamento estrutural cultural, acarreta vários problemas, sendo o primeiro, uma tremenda falta de empatia perante quem também trabalha, numa visão predadora sobre o outro. O anedótico “o meu gin paga-te o ordenado”, sempre foi tão confrangedor e serve só de exemplo para um diagnóstico maior.

Projeta-se falta de exigência e desconhecimento dentro do setor que tanto se diz gostar. Mas não resolve nada nem a montante nem a jusante. É preciso abordar este assunto de frente: no imediato, a fome que assolou o setor audiovisual, e depois, as causas futuras na saúde mental.

Estruturas como a União Audiovisual têm tanto de meritório como de incómodo, pois, a correr tudo bem, não precisavam de existir. Esta associação de cariz social e cultural, sem fins lucrativos, apoia profissionais técnicos e artistas, espetáculos e eventos, recolhem alimentos, satisfazem necessidades básicas e lutam todos os dias.

A intenção do reconhecimento do setor, o estatuto laboral, é uma melhoria, mas é sobretudo uma reparação histórica tardia. É a síndrome do paradoxo da modernização por excesso de tradicionalidade – que trocado por miúdos – significa que isto está ainda tão atrasado, que quando se progride, toma-se como um avanço – que o é de facto – mas que vem tarde. Faz lembrar certas inaugurações em tempo de eleições.

A propósito da Semana Europeia da Saúde Mental que passou, este é outro problema, mas que tem resistências junto dos próprios protagonistas – entre o pessoal técnico, por exemplo – pois é um meio cheio de virilidade.

Na Austrália, num dos setores onde há maior número de suicídios (que é cinco vezes superior à média nacional), encontra-se pessoal da estrada, das tours. Muitos deles, depois dos 40, com problemas graves de saúde, sem suporte familiar, e sim, sem a adrenalina dos concertos ao vivo, entram em depressão com resultados muito preocupantes. Foi por isso que, em 2013, foi fundada a ARCA: Australian Road Crew Association. 

Há um longo percurso para ser feito em Portugal. Ainda se está na fase de mapeamento do setor. Depois de lhes matar a fome, dar voz, reconhecimento e condições laborais dignas, será preciso acompanhar a saúde mental num futuro pós pandémico.

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

 

 

 

 

 

 

Etiquetas: crónicamúsicaopiniãoPedro Miguel Ferreira
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