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Home Opinião

Música | Carta a jovens instrumentistas e a quem deseje fazer programação cultural musical

Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente por Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente
Março 25, 2021
em Opinião
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O mundo precisa de ti – tão simples como isso – especialmente nos dias de hoje, com regressos a um passado cinzento, cada um por si, onde o “com o mal dos outros posso eu bem”, prevalece.

Não sei é se o fazes por convicção, por capricho ou simplesmente porque podes.

Mas adiante.

Vives num país onde:

1) a luta pela Cultura é considerada “berreiro”;

2) os Orçamentos de Estado não correspondem aos elogios dos próprios decisores;

3) atualmente passa-se fome no setor cultural;

4) da nossa periferia, riem-se por em França as lojas de discos e livrarias serem consideradas comércio essencial.

A última coisa que queres é ser dependente de alguém que te vai chantagear.

Seja uma autarquia, promotores privados, agências de talentos, management, o que seja, muitos são exímios na simulação de equidade e diálogo.

Terás alturas de desespero, de negas, de longos silêncios (a gestão de expetativas é a grande arma dos manipuladores) e sim, alguns vão-te enganar e tentar boicotar.

Luta pelos teus direitos, briga pela qualidade – sempre! -, mas que isso tudo também seja pela tua valorização pessoal, ao menos isso.

Aquela coisa de guardar as pedras do caminho para um dia construir um castelo, pode ser mesmo materializada (eu confirmo).

Há aqui uma armadilha antiga, sabes? Usar a arte sempre foi um expediente para tapar a falta de talento de alguém. Um outro lado da emboscada, é exigirem demasiado de ti, e se não conseguires corresponder, “ajudam-te”.

O ponto aqui é refletires se te deixam numa situação de dependência, ou não. Pode não acontecer, claro. Podes-te impor com todo o teu brilhantismo, se o tiveres.

Vais encontrar discursos paternalistas, que disparam à esquerda e à direita, ilibando-se e elevando-se a eles próprios dos males do mundo, quando na verdade só alimentam o seu próprio ego, próprio das gentes vulgares, sem rasgo, onde se baliza por um “poucochinho é melhor que nada”.

Desprezar as ciências sociais, por exemplo, não os torna tão diferentes de um Bolsonaro, logo eles que pensam ser moderados e centrados em virtudes. O grande embaraço é que, goste-se da personagem ou não, há mais de 150 anos Karl Marx já tinha topado que quem detém os meios de produção é quem controla o jogo.

E depois ainda virão com os prémios de consolação, como o facto de te dar visibilidade. Esse será um momento que te define: ou engoles em seco e aceitas, ou metes essa gente a falar sozinha a pregar aos peixes. E é aqui que isto fica bonito: descrevi-te os piores cenários, e, no entanto, faz-se tudo na mesma.

Agora imagina se tiveres a fortuna de encontrar pessoas maravilhosas, que sim, também aí andam.

Não vais querer outra coisa. Boa sorte.

Etiquetas: artecríticacrónicaculturamúsicaopiniãoPedro Miguel Ferreiraprodução independente
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