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Música | Da incapacidade de deslumbramento

Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente por Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente
Abril 26, 2023
em Opinião
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Música | Da incapacidade de deslumbramento
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No princípio foi a rádio em FM que surgia apenas como um extra em carros de luxo no início dos anos 60. O vinil era o formato de eleição, mas não era portátil. A cassete veio depois resolver esse problema de mobilidade musical já que o vinil não era prático no automóvel. Mais tarde avistam-se os primeiros problemas, já que as cassetes eram duplicáveis e a indústria não gostava. No entanto, o walkman, o leitor de cassetes barato no carro e as cópias de cassetes que se partilhavam estavam imparáveis.

O CD sucede à festa, não era preciso mexer muito e era engolido para um compartimento que se fechava e desaparecia por lá sobrando toda a atenção para a audição. E era móvel: da aparelhagem de casa ao computador, do carro ao discman, e sim, também se tornou duplicável. O mp3 revolucionou, a pirataria fez mossa e hoje o streaming está estabelecido. Não é novidade: a excitação da descoberta foi substituída pela overdose da oferta. Tal como crianças mimadas que recebem presentes a mais e depois não dão valor a quase nada, cada vez são menos as músicas que me causam o frenesim de ter borboletas na barriga.

Estarei a procurar nas fontes erradas? Também, mas não há de ser só isso. O que nos diz a palavra streaming? Uma interpretação possível pode ser: fluxo contínuo. E isso é um problema.

Já houve amantes de música que, precisamente por gostarem tanto, cancelaram as subscrições nas plataformas. Para além de lhes criar ansiedade, estamos a falar de gente ponderada que quer mesmo usufruir e não acumular à parva o que nunca irá ouvir (como acontecia com os torrents e ainda acontece nas playlists criadas que nunca se voltará a ouvir na íntegra).

Verdade seja dita que sempre gostei de singles e tenho muitos comprados em vinil, sejam do passado, sejam mais contemporâneos. Fui DJ regular entre 1996 e 2016 e até me ajudava a equilibrar as finanças escusando de comprar o disco todo. A parte do objeto já era escolha pessoal. Mas a discussão de um artista fazer 10 músicas e a malta só ouvir os singles é uma realidade.

Agora um número de fazer cair o queixo: diz o site Music Business Worlwide, que cita um estudo da Luminate, um observatório do mercado de entretenimento. Quase um quarto (24%) das 158 milhões de faixas de áudio nos serviços de streaming de música em 2022 teve ZERO reproduções. São quase 38 milhões de faixas a existir para nada.

Por outro lado, o mesmo observatório indica que, globalmente, os streamings ultrapassaram a marca de um bilião, o que equivale a que os ouvintes de música – só no primeiro trimestre de 2023 – cumulativamente, passaram 960 000 anos a ouvir som.

Vou só ali apanhar o meu queixo que caiu. E igualmente um cravo porque o 25 é o de Abril. Sempre.

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