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Home Opinião

Música de Abril, sempre!

João Brilhante, promotor cultural por João Brilhante, promotor cultural
Maio 3, 2020
em Opinião
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A maioria da população ficou em casa e o agendamento do Grândola Vila Morena à janela não teve o sucesso esperado, pelo menos na minha rua – éramos três ou quatro famílias à janela a cantarolar a canção do Zeca Afonso e ao longe ouviu-se uma voz dissonante a cantar E Depois do Adeus, do Paulo de Carvalho, interpretação que até mereceu algumas palmas, também elas dissonantes.

Apesar da pouca adesão, a emoção tomou conta de nós.

O cenário desolador das ruas vazias num sábado à tarde de primavera, as vozes embargadas, as palmas soltas e carregadas de timidez, ou medo, revelaram ali um grande momento de tristeza.

Há 46 anos foram as canções que mais alegria trouxeram à maioria da população portuguesa. É esse também o poder transformador das canções, que numa hora são de alegria e na hora seguinte são de tristeza.

E Depois do Adeus e Grândola Vila Morena são duas grandes canções, escolhidas pelos militares de Abril para servirem de senhas na revolução: a primeira passaria na rádio às 22:55 do dia 24 de abril de 1974 e seria a ordem para os militares ficarem a postos para avançar.

A canção não levantaria suspeitas, uma vez que era uma clássica canção de amor muito popular na altura.

Com este sinal, os capitães podiam abortar a operação, caso vissem a coisa a dar para o torto.

Já a passagem na rádio de Grândola Vila Morena, tema marcadamente político, seria a luz verde para a revolução e seria o sinal de que estavam reunidas todas as condições para acabar com o regime.

Não estou a dar novidade nenhuma, bem sei, estou apenas a recordar este episódio para enaltecer a música, enquanto força também ela revolucionária.

Quarenta e seis anos depois, ouvimos estas duas belíssimas canções e sabemos muito bem o que elas significam: LIBERDADE.

Presumo que não haverá maior reconhecimento para um artista do que ver as suas canções voarem desta maneira – o mesmo deverá acontecer com as outras formas de Arte.

Não será preciso ler nenhuma tese de doutoramento para perceber que a música esteve, está e estará sempre ao lado dos grandes acontecimentos da nossa história.

E o 25 de Abril é um grande e bonito capítulo da nossa história, como tal deve ser sempre celebrado, juntamente com outras datas importantes, tal como o Presidente da República o afirmou no discurso na Assembleia da República.

Ouvir Grândola Vila Morena e Depois do Adeus em abril, sempre!

 

Etiquetas: 25 de abrilcríticaJoão Brilhantemúsicaopinião
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