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Home Opinião

Música | Liberté, Égalité, Beyoncé

Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente por Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente
Novembro 7, 2020
em Opinião
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Em Portugal, após a revolução de 74, “a política serviu-se da música e a música não serviu a política”. As palavras são de António Avelar Pinho, fundador das bandas, Filarmónica Fraude e Banda do Casaco.

O também autor e produtor refere-se (num documentário da RTP em 2012) ao facto da música de intervenção ser feita em situações técnicas pouco dignas. Se a revolução era para todos, aquela arte tinha direito a melhores condições.

O slogan “Liberté, Égalité, Beyoncé”, chama a atenção para a música poder servir de veículo ao pensamento contemporâneo. Aqui a (cantora) Beyoncé – numa alusão ao cidadão comum ter também direito ao sucesso – vem substituir a palavra original, «Fraternité».

Na verdade, as três palavras que dão título a este texto, têm na sua versão portuguesa, a equivalência de um: “Quero ser feliz, porra! Quero ser feliz agora!”, no épico texto, FMI, de José Mário Branco.

No sector da cultura, entre os milhares de quadros intermédios – que são de uma resiliência admirável –  têm surgido à frente de certos projectos culturais, determinadas figuras sinistras, bastantes com ligações à política.

Perante casos mais mediáticos de falta de condições laborais, como a norte, na Casa da Música ou Serralves, o lema parece ser chantagear, vencer pelo medo e estado de necessidade.

É a política, mais uma vez, a servir-se da música e outras artes.

A fraternidade não mora ali.

Numa sociedade em mudança, as dores de crescimento de Sérgio Godinho, por exemplo, faziam-se sentir quando, o então jornal Se7e, apontava que o artista fugia da canção política “como o gato foge de água fria” (citação de uma investigação do historiador Luís Trindade), ao mesmo tempo que havia um cuidado crescente com a vertente técnica nos espetáculos.

Foi um período de transição entre a militância e o hedonismo que “ajudam-nos a pensar a passagem do paradigma artístico militante para o plano individual e a esfera íntima” (idem).

O disco Ar de Rock, de Rui Veloso (1980) vem vincar essa mudança: “O rock começava a falar de nós, das nossas coisas, das pessoas com que nos cruzávamos todos os dias”, conta José Nogueira, ex-saxofonista dos Jafumega, em entrevista a Dulce Furtado na revista Pública em 1999.

“Foi absolutamente inevitável. Estava a começar-se a falar dos sítios onde todos vamos, onde pelo menos já fomos uma vez, das pessoas que conhecemos ou que já vimos”, conclui.Um outro título podia ser: “Liberté, Égalité, Précarité”.

É que os orçamentos culturais têm a mesma fórmula desde os idos anos 70. Balizam-se por baixo e diz-se que já é uma sorte.

Sem contrato de trabalho são, alegadamente, “livres” e as más condições são iguais para todos.

Ou seja, a precariedade sistémica.

Etiquetas: ar de rockbanda do casacoBeyoncecríticaÉgalitéjáfumegaLibertémúsicaopiniãopedro miguelrui veloso
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