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Música | Vamos embora que isto foi tudo uma grande aldrabice!

Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente por Pedro Miguel Ferreira, Sociologia e História do Tempo Presente
Fevereiro 2, 2023
em Opinião
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Música | Vamos embora que isto foi tudo uma grande aldrabice!
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Estão a ver aquelas fotos das férias de luxo de alguém? Mesmo a crédito, o instante parece contar mais do que uma vida. Agora passem este contexto para os concertos em nome próprio ou em festival. Um mercado onde empresas 360º chave na mão controlam todo o processo acarreta riscos porque pode abrir (já abriu!) alas para a especulação e preços altos. A desmaterialização da música – migrada para o streaming – tinha de enterrar os estilhaços em algum lado.

As crescentes suspeitas da criação de uma escassez artificial na procura de bilhetes online – subindo os preços – vieram mostrar a ironia das coisas. Há vinte anos os piratas eram putos que descarregavam música e viam a polícia a entrar-lhes pelas casas (dos pais). Hoje há fortes indícios (Público, 21/11/2022) de que os salteadores estão dentro da própria indústria e por isso… confortáveis.

Porém, os concertos continuam a ter muita gente. O que mudou então? Muita coisa. É que agora ir é sinal de estatuto, tendo em conta os salários praticados por aí. Vendem-se experiências, organizam-se sonhos, articulam-se ilusões e até pode ser que se oiça um pouco de música. Sim, o concerto para a Madonna (já com segunda data) começava nos 45 euros, mas ficas num sítio com pouca visibilidade e péssima acústica. A “liberdade de escolha” (a manha de dar nomes giros a coisas más) não entra aqui: é atraente para quem pode pagar mais, ao passo que os outros podem “escolher” lugares maus ou mesmo não ir. Isto é novo. As arenas já foram mais democráticas e sem grandes assimetrias.

Há um artigo interessante no jornal espanhol El País que chama a atenção para a mudança: “O que sempre se falou da ópera ou dos concertos de música clássica nos teatros ou nos auditórios há muito que saltou para os pavilhões e salas de concerto. E o pior é que afeta não só as estrelas, mas o próprio negócio. A música pop (popular) tornou-se música para os ricos numa sociedade cada vez mais desigual, onde não existe mais classe média”, escreveu Fernando Navarro (tradução minha). Mas que fique também bem claro: “A música ao vivo tornou-se num banquete de especulação, graças ao desejo dos fãs”, vinca o cronista daquele jornal. E esse desejo, reforço eu, vive mais da atração por esta Era do Vazio, como ilustrou Gilles Lipovetski, do que da música.

A inflação claro que faz mossa: os materiais e deslocações estão mais caros, mas não explica tudo. Os fundos de investimento que estão a entrar – confirmou o El País – em alguns festivais, já servem de teste do algodão para as práticas predatórias. Há novos players neste negócio musical e não trazem boas notícias. Mas calma, há ainda todo um mundo pela frente de boas práticas. Com melómanos e tudo, imaginem só.

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