Gentes da Nossa Terra, o espectáculo de abertura, é uma criação original em estreia absoluta. Vai envolver o público num percurso pela região, à boleia da performance de dança com orquestra de cordas, que destaca tradições e costumes de Leiria e dos concelhos vizinhos, explica Mário Teixeira, director pedagógico da escola de música do Orfeão de Leiria.
Na programação, sempre gratuita, à excepção do momento inaugural, sobressai também a noite no Jardim de Santo Agostinho, em que participam a orquestra de sopros e a big band de jazz.
Pela primeira vez desde 2019, o festival Beira Rio vai este ano voltar ao formato presencial, com público.
A maratona produzida pelo Orfeão de Leiria é a grande festa de encerramento do ano lectivo e de despedida para os que terminam ciclos de aprendizagem. E, ao mesmo tempo, o principal momento de encontro entre a instituição e a comunidade. Mobiliza a escola de música, a escola de dança, o conservatório sénior e o Coro do Orfeão de Leiria, com alunos e formações profissionais e semi-profissionais.
Aproximadamente 500 participantes, de todas as faixas etárias, do ensino oficial aos cursos livres, assinala Mário Teixeira. As cerca de 50 apresentações decorrem no Teatro José Lúcio da Silva, no Sala do Capítulo do Museu de Leiria, na Igreja de Santo Agostinho, no Moinho do Papel e no Jardim de Santo Agostinho, junto ao rio Lis, na zona do circuito Polis.
Ao longo de três dias, o palco fica por conta da música e da dança. Classes de piano, violoncelo, acordeão, violino, contrabaixo, guitarra, percussão, trompa, saxofone, tuba, flauta transversal, flauta de bisel, cravo, órgão, fagote, harpa, oboé, violeta e canto, além de vários coros, ensembles de música antiga, clarinetes e trompetes, orquestras de guitarras, flautas, sopros e cordas, performances de dança, o combo jazz, o projecto Crescer com a Música, a big band e a Fanfarra Tokifoge.
O primeiro dia, 17 de Junho, é exclusivamente dedicado ao espectáculo de abertura, Gentes da Nossa Terra, às 19:30 horas, no Teatro José Lúcio da Silva.
No sábado, 18 de Junho, o programa arranca pelas 9:30 horas em dois locais: a classe de piano do professor Tiago Ferreira no Museu de Leiria e a classe de trompa do professor Bruno Cruz no Moinho do Papel. A jornada, com quase 30 apresentações, só termina depois das 22:45 horas, com a actuação da big band, dirigida por André Rocha, no Jardim de Santo Agostinho.
Domingo, 19 de Junho, último dia do Beira Rio, encontram-se em agenda mais 20 apresentações, entre o Jardim de Santo Agostinho, o Moinho do Papel e o Museu de Leiria, com o encerramento do festival a cargo da Fanfarra Tokifoge, pelas 18 horas.
A caminho da sexta edição, o Beira Rio encontra-se “consolidado”, acredita Mário Teixeira, apesar dos “grandes desafios” que a organização tem enfrentado, em especial, as restrições relacionadas com a crise pandémica que em 2020 e 2021 obrigaram a realizar o festival sem público. Em 2020, aconteceu online com quase 12 horas em directo; em 2021, foi gravado e disponibilizado em episódios no You Tube e no Facebook.
De regresso à matriz original, o Beira Rio promete, segundo Mário Teixeira, proporcionar um fim-de-semana “muito importante” para “mostrar o que se faz ao longo do ano” no Orfeão de Leiria, com “entre 100 e 110 audições” dentro de portas em cada período.