Netflix quer fazer documentário sobre jovens de Leiria que processaram 33 países pelas alterações climáticas

Foi em Dezembro de 2020, que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos aceitou, como “prioritária” uma acção interposta por seis jovens portugueses – quatro de Leiria – contra 33 países, entre eles Portugal -, por falta de acções para impedir as alterações climáticas, e exigindo que os países reduzam as emissões de gases de estufa em 65% até 2030.

Cláudia, Mariana e Martim são três irmãos de Leiria que se juntaram a Catarina, outra amiga, também natural da cidade, e ainda a André e a Sofia, residentes em Lisboa.

Segundo a NPR, a acção contra os 33 estados captou a atenção da actriz Angelina Jolie, embaixadora da Boa Vontade da Agência de Refugiados da ONU, que contactou a GLAN e convidou Sofia a colaborar num livro acerca de direitos das crianças, e também de uma equipa de documentaristas austríaca, associada à Netflix que também terá contactado os jovens para realizar um documentário.

Neste processo, os jovens portugueses têm o apoio da GLAN, uma ONG, e de advogados britânicos, incluindo o escritório Marc Willers QC, especialista em legislação ambiental e de mudança climática.

Os países argumentaram contra a acção, espoletada pelos incêndios de 2017, que mataram quase 100 pessoas em Portugal, mas o tribunal rejeitou o recurso em Fevereiro do ano passado e deu-lhes até Maio para apresentarem uma defesa.

O caso prossegue em apreciação com os jovens a terem, agora, de apresentar contra-argumentos até Janeiro de 2022.