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No vazio só o movimento é possível

Helena Veludo, arquitecta por Helena Veludo, arquitecta
Janeiro 17, 2019
em Opinião
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No vazio só o movimento é possível
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Ano novo
Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento
Fernando Pessoa

Começar só começa em pensamento. Hoje é já outro dia, e nesse sentido quis imaginar a minha cidade como um território vazio cuja únicas permanências são o suporte físico com suas montanhas e vales, seu solo rochoso e protuberâncias com seus indissociáveis encontros de rios Liz e Lena, e o nome Leiria.

As populações e seus costumes mudam, mas o suporte físico, apesar da contínua acção humana, teima em permanecer (posso desviar, ocupar os seus caminhos hídricos, mas eles afloram sempre).

Memórias e desejos alavancam a ideia da cidade imaginada. Lembro a Villa Adriana que o Imperador Adriano construiu no regresso a casa, Roma. Adriano construiu a sua vila, com as memórias dos territórios e construções que vivenciou, desde o Egipto até a sua saudosa Grécia.

Escolheu o lugar, um planalto inserido nos declives dos montes Tiburtinos, rodeado de água e pedras para a construção da sua vila. A orientação, organização e sistema de relações entre o edificado resultaram do que viu, cheirou, ouviu, tateou e saboreou.

O conhecimento e a consciência plasmaram uma harmonia que a geometria – geo(terra)+ metron ( medir) determinou.

E de novo volto ao lugar Leiria, já não tão vazio. Os morros do Castelo, do cemitério e da Senhora de Encarnação, a Praça Rodrigues Lobo e os rios Liz e Lena, limitam o horizonte de meu olhar.

A Sé e a Rua Direita surgem a meio da encosta. O tempo é marcado pela torre sineira da Sé, que aquando da sua construção se desencostou  [LER_MAIS] do edifício mãe para que fosse audível em todo o território. Vejo ainda a ermida dos Capuchos (cuja ausência não anula a presença), o convento dos Capuchos e a Igreja de Sto. Estevão.

Somo as escadarias que correm as encostas e as fontes das Três Bicas, de Sto. Estêvão e Fonte Quente e logo o Terreiro, porta de entrada da cidade. E os túneis que ligariam/ligam todos os conventos das encostas viradas a Nascente. E as ruas, que vencem os três diferentes morros.

A cidade é uma unidade espacial sem limites? Com quantas casas e ruas uma cidade começa a ser cidade? Uma cidade implica um sistema e um dispositivo. O sistema é fechado, possui estruturas e admite a pluralidade.

O dispositivo é aberto, possui sobreposições e cruzamentos e implica a orientação de um percurso. O que a cidade é para cada um de nós depende do que imaginamos dela, das decisões que tomamos, do que evocam as suas fachadas nas suas diferentes ruas, dos odores, dos nomes, dos sons, dos encontros e das emoções que transmitem.

A cidade, mais que um objecto, é um certo ritmo de conhecimento, do que evoca, do que será, do que não é mais, do que foi e do que poderia ter sido.

Na última crónica que escrevi, um leitor alertou para um erro na frase que dizia: “Quando a terra se encontra no ponto da sua órbita mais distante do Sol”. Dever-se-ia ler “mais próximo do Sol”.

*Arquitecta

Etiquetas: helena veludoopinião
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