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Duas décadas depois, a mística do futebol não abandonou as ruas da freguesia de Amor, no concelho de Leiria. Há ainda quem lembre, com saudade, das tardes passadas a ver o clube defender o emblema da terra, que inclusivamente chegou a ascender à 3.ª Divisão nacional e a conquistar, por duas vezes, o título de campeão distrital.
Nos últimos anos, o Centro Recreativo e Cultural 22 de Junho não tinha qualquer actividade desportiva e um grupo de saudosistas resolveu recuperar esta actividade, embalado pela celebração do cinquentenário.
“O projecto já está pensado há dois anos. O clube criou condições e ganhou estabilidade para inserir agora a equipa, também porque faz 50 anos. No departamento do futebol, somos uma geração onde o clube sempre teve futebol”, explica Vítor Duarte, um dos impulsionadores desta reactivação.
O orçamento inicial ronda os 20 mil euros, verba onde se inclui o aluguer do Campo dos Vidreiros (Tojal), na Marinha Grande, para a dinamização dos treinos e jogos oficiais, uma vez que o clube ainda não dispõe condições para ter uma equipa federada de futebol 11 a treinar nas suas instalações.
Ainda assim, as infra-estruturas não são um problema quando fala mais alto o amor pelo clube e a vontade de reactivar uma equipa que, em tempos, já deu muitas alegrias.
“Achámos que é o timing certo e avançámos pelo amor que temos ao clube, somos todos pessoal que nasceu na aldeia.”
O plantel será construído com jovens atletas da terra, contudo, Vítor Duarte adianta que serão escolhidos jogadores de fora, capazes também de formar uma equipa competitiva para enfrentar a 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Leiria (AFL).
Aproveitando as condições que o clube já oferece, com um campo sintético de futebol 5, a instituição avançou também com a criação da Academia 22, destinada à formação.
Não muito longe, em Monte Real, há também um novo conjunto a surgir. Na camisola, estarão dois emblemas: a do Monte Real Football Academy e a do clube Os Democratas Recreativo Outeirense, à semelhança do que já acontece com a equipa feminina.
O objectivo do clube é “ter todos os escalões” e, por isso, este ano foi dado o passo para apresentar uma equipa sénior masculina.
O novo conjunto surge para “dar espaço aos atletas que acabam a formação de juniores e dar oportunidade aos atletas da região”, explica Roberto Pereira, que será o treinador desta equipa. O plantel ainda não está fechado e os jogadores que já vestem verde e branco “estão mesmo com vontade” de começar.
“Faltava isto aos atletas entre os 18 e os 20 anos e estão bastante entusiasmados. […] Eles até conseguem ficar nos plantéis, mas chegam ao final da época e o número de minutos é reduzido”, refere o técnico, ao explicar que a taxa de abandono dos jovens atletas é elevado.
Batalha ganha equipa sénior
Por sua vez, o concelho da Batalha terá finalmente uma equipa de futebol sénior. A direcção da União Desportiva da Batalha (UDB) considerou necessário “dar sequência ao projecto de formação”, uma vez que os atletas tinham de procurar outros clubes quando chegavam à maioridade.
O presidente, Martinho Carreira, explica que alguns dos atletas juniores já vão integrar o novo plantel e, com a equipa técnica definida, a ideia é “trabalhar com a formação” e ter os atletas durante mais anos com o clube.
Os resultados não estão no horizonte deste emblema, que pretende “trilhar um caminho e um bom espírito de equipa” e consegue, assim, ter todos os escalões.
As inscrições dos clubes para a nova temporada encerraram na passada sexta-feira, contudo, a AFL é flexível nas inscrições após o prazo. Até dia 25, estavam registadas 17 equipas de futebol sénior, com a novidade também do AC Marinhense e o GD Nazarenos apresentarem equipa B.
