PUBLICIDADE
Há um novo hotel previsto para Leiria. A pretensão foi validada pela câmara, que aprovou, esta terça- -feira, uma alteração ao loteamento previsto para a Quinta de Porto de Moniz, próximo da A19 e do futuro hospital da CUF.
De acordo com a proposta de alteração, apresentada pela Poligreen – Gestão de Investimentos, será feita a junção de três lotes, antes previstos para habitação, que passam a ter como uso a construção de um hotel de “três estrelas ou superior”, com um número máximo de 100 quartos e de 200 camas.
Com esta alteração, haverá a “eliminação de 0 fogos” e mantêm-se os cinco pisos acima da cota soleira previstos no loteamento inicial, cujo alvará foi emitido em 1997. A alteração agora aprovada, com a abstenção dos vereadores da oposição, incide sobre outros três lotes, que passam a um só, mantendo o uso para habitação e comércio ou serviços.
O número de fogos passa de 32 para 56, sendo que a área de construção é “praticamente a mesma, apenas mais 40 metros quadrados”, salientou o vereador das Operações Urbanísticas, Ricardo Santos, durante a reunião de câmara.
Na ocasião, o autarca alegou que impacto urbanístico da alteração ao loteamento será “praticamente nulo”, um argumento que não convenceu Álvaro Madureira, da bancada da oposição, que contestou a “densidade construtiva” prevista para aquela zona, onde está projectada outra urbanização – a Quinta da Malta -, que prevê “quase 400 habitações”, e onde já se encontra em construção o hospital da CUF.
O vereador da oposição criticou ainda a “exiguidade” do estacionamento previsto para o loteamento agora alterado, bem com a falta de cedência ao domínio público de área para espaços verdes e equipamentos, que será compensada em numerário, com a deliberação da autarquia a estipular o valor de 2.146,60 euros.
“Devemos ser mais exigentes e sensibilizar promotores para que temos muito território e que não há necessidade de estarmos atabalhoados, uns em cima de outros”, afirmou. Segundo a deliberação, o pedido de alteração ao loteamento, que permitirá a construção do hotel, teve parecer favorável das várias entidades, incluindo o Turismo de Portugal.
