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Home Desporto

Nuno Cardoso: “O que podemos desejar se o parque desportivo é inexistente?”

Miguel Sampaio por Miguel Sampaio
Novembro 9, 2019
em Desporto
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Nuno Cardoso: “O que podemos desejar se o parque desportivo é inexistente?”
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A equipa de juniores de futebol da União de Leiria transitou da égide da SAD para o clube. Os resultados não têm sido famosos. Com a primeira volta da primeira fase da zona Sul concluída, é última classificada, com zero pontos, 11 derrotas em outros tantos jogos, três golos marcados e 40 sofridos. No último sábado foi goleada em Alcochete, por 9-0, e a manutenção na 1.ª Divisão nacional afigura-se uma improbabilidade. Para trás poderão ficar 14 temporadas consecutivas no patamar mais alto, com cinco presenças na fase dos oito melhores. Estava à espera que os resultados fossem estes quando decidiu resgatar a equipa de juniores à SAD?

O futebol de formação não pode ser avaliado nem estruturado época a época. Tem de haver um plano que seja pensado a longo prazo. São degraus de crescimento e é um projecto continuo e inacabado, do qual o escalão júnior é o último degrau do processo formativo. O que está a acontecer nos juniores é reflexo de uma série de questões que levou a Direcção a tomar a decisão de mudar o paradigma. Sentíamos que todo o investimento que estava a ser feito na formação do clube não estava a ser aproveitado pela equipa júnior, uma vez que nos últimos anos essa equipa era composta maioritariamente por atletas que não tinham qualquer ano passado na formação do clube. Nas últimas épocas eram dois ou três jogadores do onze que tinham passado pela Academia de Santa Eufémia e os demais vinham de fora. Entendemos que os juniores devem ser vistos como o último degrau de formação e não como o primeiro degrau de competição.

Qual é o motivo para estes resultados?

As pessoas têm de perceber que o que colhemos é fruto do que semeámos. E com esta equipa, composta pelas gerações de 2001 e 2002, também tivemos resultados dramáticos nos anos em que eram juvenis. Perdermos por 9-1 com o Benfica e com o Belenenses, por exemplo. Tomámos a decisão de ficar com a equipa júnior para permitir competição aos atletas da nossa região. Infelizmente, alguns não se vincularam, porque entenderam que tinham projectos melhores ou porque sentiram que íamos ser um saco de pancada. Não percebem que a formação não é só o resultado, é saber ganhar e perder, é preparar para uma vida repleta de injustiças. Sabíamos das dificuldades tremendas que iríamos ter em mantermo-nos na 1.ª Divisão, estávamos cientes dos riscos, mas o que passámos para os miúdos e para a equipa técnica é que seria sempre um ano zero. Que se descêssemos não era um drama. Porque das dificuldades surge a oportunidade e foi pelo facto de termos descido um ano que a União de Leiria tem no seu espólio um título de campeão nacional de juniores da 2.ª Divisão, em 2005/06.

Essa falta de interesse surge por haver pouco espaço de evolução em Leiria ou por não ter uma equipa sénior nos campeonatos profissionais?

Isto só faz sentido com um projecto comum com a SAD. independentemente daquilo que nos divide, que é muito e fracturante, em que os miúdos sintam que por muito apertado que o filtro seja, é mais fácil chegar à equipa sénior da União de Leiria no Campeonato de Portugal do que em outros locais. Vemos as equipas seniores do Tondela ou da Académica e não há miúdos da formação. Mas olhamos para o histórico recente da União de Leiria e conseguimos encontrar uma dezena de miúdos que hoje são profissionais: o Jordão, o Afonso Caetano, o Miguel Rodrigues, o Filipe Oliveira, o Mika, o Ruben Brígido, o João Vieira. Os miúdos têm de perceber que é possível e no momento em que isso acontecer torna-se mais fácil vincular os miúdos ao projecto.

Acredita urgirá uma nova oportunidade de colocar os juniores da União de Leiria no topo?

Acredito que sim. Felizmente conseguimos reunir uma excelente geração de 2003, onde aproveitámos atletas bem formados e bem trabalhados, quer pela extinta Academia do Sporting da Marinha Grande quer pela Académica de Santarém, onde fomos recrutar dois miúdos. Mesmo tendo perdido dois atletas para o Tondela e um para o Chaves, conseguimos reunir um grupo muito forte e competente. Acredito que sim, se conseguimos vinculá-los ao clube, porque isto tem que ver com identidade, se sentirem que há um clube que, independentemente das mais do que precárias condições de trabalho que tem, consegue fazer milagres e que permite que estes miúdos possam desfrutar de um contexto competitivo que mais ninguém à volta consegue.

Esses clubes à volta ainda vêem a União de Leiria como o representante mor da região?

Não tenho qualquer rivalidade com o Marrazes, nem com o Marinhense, até porque só compito com eles no nível distrital e, no caso do Marinhense, em iniciados. Daí para cima – e estamos a falar da formação – não competimos. Infelizmente, no distrito, não temos rivais. E, não tendo rivais, não digo que estes clubes devem ver com orgulho colocar um atleta na União de Leiria, mas devem perceber que os miúdos, tirando excepções pontuais, como os guarda-redes que o Leiria e Marrazes colocou este ano no Sporting e no Braga, chegam aos grandes saindo da União de Leiria. Pode ser uma ponte, porque é onde têm mais visibilidade, e esses clubes também poderão beneficiar disso e receber direitos de formação no futuro. Dos miúdos que entram na União de Leiria, se, a cada ano, um conseguir dar um salto para um clube que permita e dê pontos de chegada ao futebol profissional com equipas B e de sub-23 – e este ano foi um iniciado para o FC Porto e outro para o Braga – estamos a fazer um bom trabalho. Por isso, tem de ser visto como uma oportunidade de ter um retorno financeiro deste investimento na formação. Temos exemplos disso, que permitem podermos olhar de uma outra forma para o sonho de termos melhores infra-estruturas no futuro.

Há novidades quanto a isso?

Não há, porque o que temos ainda não chega. Hoje, ninguém apoia os clubes. Nas equipas de futebol de 11 não temos um único patrocinador nas camisolas. Vamos jogar ao Seixal, um jogo que vai dar na televisão e que podia dar visibilidade ao patrocinador, e aquilo vai branquinho. São cada vez mais clubes, as empresas têm dificuldades e já não acontece o que acontecia antigamente, pois há um maior controlo, e ainda bem, por parte das Finanças. Estamos numa zona industrial, a União de Leiria até tem estatuto de utilidade pública e está abrangida pela lei do mecenato que permite majoração fiscal e, mesmo assim, as dificuldades em arranjar apoios são tremendas. Sentimos que merecemos, pelo menos, algum reconhecimento. Apurámo-nos para a segunda fase em iniciados e juvenis e não recebemos um e-mail da Associação de Futebol de Leiria, nem da Câmara Municipal a dar os parabéns. Quer dizer que a nossa visibilidade é nula e a importância ainda menor.

Apesar das dificuldades e das condições débeis, nos outros escalões os resultados têm sido bons?

Tem de se trabalhar muito melhor na base. O facto de a equipa júnior ter estado sob a égide da SAD nos últimos cinco anos fez com que as pessoas não se tivessem preocupado tanto com o que se passava abaixo, porque se não houvesse qualidade suficiente ia buscar-se fora, Verificamos que há menos miúdos, há mais clubes e os treinadores começam a preocupar-se cada vez mais cedo com os resultados e não com as etapas evolutivas, o que faz com que quando chegam a patamares de maior exigência os jogadores não sabem o bê-á-bá. É como se não fores bom aluno até ao 12.º ano, não tiveres método de trabalho, não fores pró-activo e chegas à universidade e tens imensa dificuldade. No futebol, o escalão júnior é a faculdade. Não vêm preparados de base e a falta de competitividade nos níveis mais baixos, porque o Nacional de iniciados não é um Nacional, é quase um distrital. São muitas equipas e os miúdos estão divididos, não há clube nenhum que consiga fazer um grupo de nível.

A competitividade chega nos juvenis?

Já apanhamos quatro equipas de Lisboa. Este ano, felizmente, e isto tem de ser um orgulho, a União de Leiria conseguiu ir à segunda fase, mas o Fátima também. E deixaram o Sporting de fora. Dois clubes a 20 quilómetros de distância conseguiram unir duas gerações de 2003 muito boas. É a prova de que há qualidade, mas tem de se trabalhar melhor. Tem de haver infra-estruturas do mesmo nível de qualidade dos miúdos e não há. Verificamos que em Leiria cada vez estamos mais longe dos outros e o que devia ser a regra é uma geração. Deve levar os decisores políticos a decidirem o que querem do Desporto, porque os clubes substituem o Estado e não falo apenas de futebol. Sou do tempo em que tínhamos um pavilhão na cidade. Hoje, não de ouve falar de andebol, de futebol, não se dá relevo ao Desporto na cidade a não ser o atletismo. E tem de ser reconhecido o trabalho feito, mas se há trabalho é porque há condições. Leiria tem dois relvados: um onde só o seniores pisam de 15 em 15 dias e outro que é para o atletismo. E nós vamos jogar contra o Sporting e o Benfica à relva e vamos de patins, porque os miúdos nem pitons de alumínio têm. Não fazem um único treino na relva. O que podemos desejar se o parque desportivo é inexistente? Há meia-dúzia de pavilhões em zonas limítrofes. A freguesia de Leiria, por exemplo, não tem um sintético. Tem o dos Pousos, porque agora é união de freguesias. O que fazemos vai para lá do que é posto à nossa disposição. Mérito ao trabalho que é feito por nós e por alguns clubes à nossa volta, porque nós também somos tubarões de alguns. Identificamos um ou dois atletas e vamos buscar. Agora, não vamos buscar nem cinco, nem seis ao mesmo clube, não vamos dizimar uma equipa. Esses clubes são muito importantes para o crescimento da União de Leiria.

Etiquetas: nuno cardosoUDLUnião de Leiria
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