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Home Sociedade

O advogado tripeiro que adoptou Alcobaça

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Setembro 30, 2017
em Sociedade
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O advogado tripeiro que adoptou Alcobaça
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Fernando José Ferreira, que viria a adoptar o nome profissional de Fleming de Oliveira, nasceu há 72 anos no Porto, no seio do que considera ter sido uma família “da boa burguesia portuense”.

Mas quis o destino que, em Coimbra, o seu jovem coração de estudante se rendesse aos encantos de uma também jovem estudante natural de Alcobaça. Por ela, o advogado veio a fixar-se na cidade do Alcoa, que adoptou como sua também, até aos dias de hoje.

Fleming de Oliveira era o mais velho de oito irmãos. A mãe era dona de casa e o pai advogado. Aluno médio, o rapaz tinha um grande gosto pelo ténis, modalidade onde chegou a ser campeão do Norte, nos juniores. Cada um dos oito irmãos teve oportunidade de estudar.

Mas não existia a grande diversidade de cursos superiores que existe actualmente, recorda Fleming de Oliveira. Pelo que a sua escolha recaiu sobre a mesma formação que tinha o pai. “Em Coimbra, vivi o melhor tempo da minha vida”, recorda o advogado. “A minha vida académica foi como a de toda a malta, no jogo (cartas, bilhar ou matrecos) e alguns copos, apanhado uma noite a desoras pela trupe do Xico Brito, que me rapou o cabelo e servi doutores em repúblicas tradicionais.” Foi de resto nessa época que Fleming de Oliveira conheceu a namorada, uma jovem natural de Alcobaça, que viria a tornar-se sua esposa.

Do serviço militar, que cumpriu na Guiné, diz ter recordações “fracas”. Em primeiro lugar, porque não foi voluntário. Em segundo lugar, porque ali viveu “um ambiente de cortar à faca”. No Quartel-General do CTIG/Serviço de Justiça , onde todos se tentavam controlar uns aos outros, era muito pior do que no mato, conta Fleming de Oliveira.

Cumprido o serviço militar de 36 meses, chegou a Portugal dia 20 de Abril de 74. Estava em Alcobaça quando se deu o 25 de Abril. Por essa altura, já tinha decidido que queria ficar naquela cidade. Foi trabalhar para o escritório do sogro, também advogado, Amílcar Pereira de Magalhães.

Uma vez em Alcobaça, Fleming de Oliveira entrou na vida política e fez parte da primeira Câmara eleita democraticamente, em 1976. “Era candidato pelo PPD/PSD e perdi naturalmente a Câmara para o PS, tendo em conta os tempos”. Mais tarde, em 1980, foi deputado da Assembleia da República, onde fez um mandato.

 [LER_MAIS] “Não se pode comparar a vida política daquele tempo com a de hoje”, salienta o advogado. “Toda a gente, fosse da direita ou da esquerda, era fala-barato. Tinham discursos bonitos, liam a cartilha. A gente debitava um certo discurso, mas não compreendia bem o que aquilo era. Nenhum de nós tinha a noção do País real.”

Ou seja, “diz-se que a Constituinte tinha a nata, os intelectuais do País – e admito que ali houvesse pessoas de grande mérito intelectual – mas não tinham experiência nenhuma”, recorda o ex-deputado. Depois disso, começou a surgir um certo “carreirismo político” e hoje os políticos “poderão ser mais realistas, mais sábios”, admite Fleming de Oliveira.

Depois de se dividir durante esse mandato entre a Assembleia da República, em Lisboa, e a advocacia, em Alcobaça, Fleming de Oliveira decidiu fixar-se apenas em Alcobaça, por entender que não estava a dar o melhor de si nem numa coisa nem na outra. Na cidade do Alcoa ainda foi presidente da Assembleia Municipal, mas cansou-se da política e passou a dedicar-se exclusivamente à advocacia. Mantém-se ainda militante do PSD.

Dos longos anos que já conta como advogado, Fleming de Oliveira diz já ter feito um pouco de tudo, como é comum entre os advogados de periferia. Um dos casos que o marcou, “por ser esquisito”, foi aquele em que um senhor “muito formal, de chapéu e sapatos sempre engraxados”, deu um tiro na esposa, que também já tinha uma certa idade, por ciúmes.

O estranho, realça Fleming de Oliveira, foi o facto de a mulher, que escapou à morte por mero acaso, ter continuado a mover-se para que o marido fosse libertado, insistindo na tese de que tudo fora um acidente.

Embora se tenha aposentado, Fleming de Oliveira diz nunca ter deixado de trabalhar. Os seus dias são ocupados com a companhia da esposa, namorada de há quase 50 anos, com quem teve três filhos e netos (a mais velha tem 22 anos e a mais nova apenas semanas). E ocupa-se também com os livros que tem escrito acerca de Alcobaça.

Entre outras obras, é autor de No Tempo de D. Pedro, D. Inês e Outros. Histórias e Lendas que o tempo não apagou, No Tempo de Mata Frades, Visconde de Seabra e Outros. A Guerra Civil, O Saque do Mosteiro e o Furto dos Códices Alcobacenses, No Tempo de Reis, Republicanos & Outros. A I República em Portugal e Alcobaça, No Tempo de Salazar, Caetano e Outros. Portugal e Alcobaça, No Tempo de Soares, Cunhal e Outros. O PREC também passou por Alcobaça, Alcobaça de Ontem, Hoje e Sempre e Levante-se o Reu.

O seu livro mais recente, intitulado No Tempo de Pessoas “Importantes” Como Nós, será apresentado publicamente dia 18 de Novembro, na Biblioteca Municipal, e conta 50 anos da História de Alcobaça através de pessoas.

Embora mantenha no Porto a maioria da sua família, é na sua casa em Alcobaça que gosta de estar. “Sou um tripeiro por natureza, tenho, vagamente, um certo sotaque. Mas, 40 anos depois, tenho aqui a minha vida”, resume o advogado.

Etiquetas: alcobaçafleming de oliveiragente ilustrehistória de vida
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