PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

O apego

admin por admin
Agosto 9, 2017
em Opinião
0
O apego
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

A gosma duma coisa parecida com amor que nunca sai das mãos nem com lixa, nem com psicologia. O apego apega-se quando estás a pedir um café pela última vez. Não nesse momento. Logo a seguir.

O apego é o fim da inteligência. É o medo da morte, o final da noite, o descoberto e irrepetível. O apego é saber que hoje foi muito bom e não confiar em amanhã. É querer-te mais do que foste, é balizar o tempo, congelar.

O apego é o fim. É repetir insanamente uma piada e rir outra vez com vontade de rir outra vez. O apego é a vida parar e é gostar muito de ti com ganas de te abraçar sempre da mesma maneira.

O apego é querer que não existas amanhã porque é impossível seres melhor do que hoje. O apego é falta de respeito, inútil, cabrão, saudosista, cancerígeno, irrigado, gozão, hormonal. É ires embora quando te fores embora, só que hoje.

É querer-te sempre assim, é egoísmo, infantil, birrento, fútil. É construir uma vida de hojes, é um vão, é um anda cá da mesma maneira que vieste, é diz isso outra vez, é fingir. É o Peter Pan, o Highlander, o orgasmo dum porco.

 [LER_MAIS] Não é só, (ou) não é bem medo de amanhã, é medo que hoje comece a ser amanhã sem luto. O apego casa pessoas num instante, naquele instante. O apego é obsessivo, compulsivo e ritualista na sua casca dura inventada por cegueira auto-induzida.

O apego é corcunda e mentiroso. É pessimismo. É desvirginar para sempre. O apego é ó tempo volta pra trás, dá-me tudo o que eu perdi.

É matar porcos da beira baixa para as morcelas saberem às da minha avó, o apego são receitas escritas à máquina e operações plásticas ao pescoço.

Seco, estéril, com a mania dos hábitos e tiques, é superstição, é fazer férias em Armação de Pêra há 20 anos, comprar casa, nunca abrir o Barca Velha que o teu pai te deixou e é no meu tempo é que era. Uma maçada.

O desapego é amar-te mesmo depois de te apanhar a rir com o Nilton.

*Músico

Etiquetas: carlos martinsopinião
Previous Post

Nada a fazer?

Próxima publicação

Egoísmo

Próxima publicação
Egoísmo

Egoísmo

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.