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Home Opinião

O espeto e o porco

Francisco Freire, investigador por Francisco Freire, investigador
Maio 3, 2025
em Opinião
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“1143, quem não souber esta data não é bom português”. Foi com este refrão que fui acolhido no passado sábado na feira medieval do Rossio, numa recriação particularmente criativa do tratado de Zamora. Um grupo homónimo vinha bem equipado para animar o certame. Reclamando-se herdeiro da verdadeira portugalidade, propunha-se afrontar “o mouro”.

O filho de um emigrante francês radicado no Minho no século XI, serve assim de modelo aos arautos de uma portugalidade que se quer, também ela, “inteira e limpa”. O grupo propõe-se combater as chamadas invasões muçulmanas e indostânicas, declarando-se pronto para uma nova reconquista de Portugal.

Estes cruzados do século XXI, com boas vozes para entoar cânticos passados, associam-se a redes internacionais onde se treina o insulto e a violência como métodos para a afirmação da identidade. A leitura mais detalhada deste paradoxal nacional-internacionalismo, nega a realidade de um país histórica e contemporaneamente cosmopolita.

É fácil observar, sem esticar muito o pescoço, elementos que antecedem / e dialogam com a cristandade medieval, desde Vila Franca de Xira, a Alcácer do Sal, ao Castelo da Feira, aos velhos bairros da capital, a Arraiolos, Vila do Conde, ou Mértola. É evidente que não há, neste velho e confuso território, espaço para essencialismos de qualquer tipo. A justiça da hiperbólica expressão “império” pode aplicar-se precisamente a essa matriz: ampla, tantas vezes desordenada.

E assim, como justificar vozes que reclamam o retorno a uma pureza original? A diferenciação racializada num (qualquer) Outro, atropela todos os indicadores históricos reconhecidos a este território, negando também a realidade actual.

A abertura selectiva da emigração a agentes privilegiados pode facilitar uma discreta ocupação do tecido económico, mas a maioria dos actores que efectivamente usam e corporizam os novos espaços públicos têm outros problemas, maiores aventuras e gigantescos desafios, como sempre foi. 

Etiquetas: emigraçãoespetoFrancisco Freirejornal de leiriaLeiriamedievalopiniãoporcoselectivo
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