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Home Opinião

O império contra ataca

Nuno Reis, professor e investigador por Nuno Reis, professor e investigador
Abril 30, 2022
em Opinião
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Os fãs de Star Wars reconhecerão imediatamente o título desta crónica.

É no episódio V da Guerra das Estrelas que se faz a icónica revelação que Darth Vader é o pai de Luke Skywalker.

Mas, é também neste filme que o vilão Darth Vader luta com o herói Luke, cortando-lhe a mão e deixando o herói desesperado com a superioridade do Lado Negro da Força.

Esta é, aliás, toda a premissa base da saga Star Wars: dois lados de uma mesma Força (o lado negro e o lado da luz) em tensão permanente.

Não é diferente do que acontece, atualmente, com as Tecnologias de Informação e Comunicação.

Na década de 1990, as potencialidades da comunicação rápida e de baixo custo que a internet possibilitava revolucionaram o mundo.

O email permitiu mensagens imediatas, superando as cartas.

Sistemas de chat como o mIRC ou ICQ ofereceram horas de conversação com pessoas de diferentes pontos do país e do mundo.

O Myspace deu a inúmeras bandas um veículo para carregar as suas demos e concertos, atraindo novos fãs.

Até cerca de 2010 a tecnologia tornou o mundo efetivamente mais pequeno porque permitiu que conhecêssemos e contactássemos facilmente o que era separado e distante.

Nessa altura, algo mudou.

Na tentativa de tornar as empresas negócios mais atrativos, as empresas tecnológicas desenvolveram algoritmos que apresentam conteúdos que agradam a cada pessoa.

Com a ajuda da maior competência de Inteligência Artificial, passou a ser possível conhecer profundamente as características de cada pessoa, os seus gostos, preferências e traços de personalidade.

Este conhecimento profundo foi fundamental para atrair anunciantes que, em vez de gastar fortunas em anúncios de TV podem agora pagar anúncios vistos apenas pelos consumidores em que têm interesse.

As empresas tecnológicas (Facebook e Google, mormente) tornaram-se extraordinariamente lucrativas, absorvendo a maioria das receitas publicitárias.

Contudo, o mesmo que tornou as empresas tecnológicas extremamente rentáveis tornou-as, também, extremamente perigosas.

Ao mostrar conteúdos específicos para cada pessoa, fizeram erodir a base comum, os conteúdos partilhados que permitiam um contexto e experiência comunitária.

Além disso, reforçaram o efeito de bolha, ao permitir a exposição apenas a conteúdos que agradam a cada um, sem contraditório.

Tudo isto causou uma fragmentação que afastou as pessoas e tornou-as mais desconfiadas de todos os outros.

Com o atual modelo de funcionamento, as empresas tecnológicas são perniciosas para a sociedade.

Ou seja, a utilização da tecnologia sem regulamentação nem limites – sendo, ingenuamente, tecno-otimista – trouxe consequências para a política (e.g. Brexit), para a sociedade (entrincheiramento e tribalismo sectário), e até para os media (que cada vez mais se limitam a apelar à emoção e ao entretenimento).

Resta saber se haverá uma sequela: como o Regresso de Jedi, em que Luke derrota Darth Vader e há um triunfo do lado da luz sobre o lado negro.

A Força é poderosa e precisa de Jedis que a controlem.

 

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: Nuno Reisopinião
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