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O Natal tornou-se numa festa completamente capitalista

Lurdes Trindade por Lurdes Trindade
Dezembro 20, 2019
em Abertura
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O Natal tornou-se numa festa completamente capitalista
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Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, estava ainda na Alemanha quando falou com o JORNAL DE LEIRIA sobre o seu Natal com a família alargada e com a mulher, Sónia Tavares, dos The Gift, e com o filho Fausto.

Depois de mais de 50 dias em digressão pela Europa, já deve estar em Alcobaça, onde deverá passar a noite de Consoada. “Tenho uma grande família, que mora em Brandoa, na Amadora, que sempre viveu esta época com grande intensidade, mais do que eu e a Sónia, que temos um espírito um bocadinho gótico, ou seja, também conseguimos ver a tristeza que o Natal traz às pessoas que estão sozinhas”, conta o músico.

“Temos a noção que era bom que aquele espírito natalício, em que as pessoas se abrem mais à generosidade, se repetisse durante os momentos mais difíceis do ano. Infelizmente isso nem sempre acontece.”

Fernando Ribeiro admite que esta é uma época que propicia o consumismo em exagero, o que é, em si, inimigo do ambiente. “O consumismo é um vício, em que as pessoas mostram o ‘amor’ umas pelas outras pela quantidade ou pela qualidade dos presentes. Acrescenta-se o endividamento das famílias no Natal, e também um certo espírito português, em que há alguma vergonha se não derem um presente. Em vez de um sorriso, um abraço ou uma refeição, as pessoas têm de oferecer qualquer coisa de material.”

“Essa loucura do Natal é o aspecto negativo. Sobrepõe-se aos valores familiares, até aos da própria religião. A simplicidade do Natal dos livros de Miguel Torga está um bocadinho perdida. Infelizmente tem sido substituída não só pelo consumismo, como pelo lixo que se vê no dia 25, que é tramado”, confessa Fernando Ribeiro. “É muito difícil convencer as pessoas deste simbolismo, pois o Natal tornou-se numa festa completamente capitalista, sem qualquer outra espécie de visão.”

Fausto, como filho que é de duas figuras mediáticas, recebe presentes da família directa – são sempre à volta de 15 pessoas sentadas à mesa – mas também dos fãs de Fernando Ribeiro, que assim manifestam o seu carinho pela criança.

“O Fausto nasceu numa época em que é muito difícil passar-lhe os valores da simplicidade, ao contrário de nós, que nascemos numa época em que as coisas tinham se ser construídas. Se ele receber 50 prendas, fica todo contente”, explica.

“Cabe-nos fazer esse controlo e, por isso, guardamos alguns presentes para não lhe dar tudo de uma vez, como se fosse uma overdose, para não passar o tempo todo a abrir prendas, para ter tempo para ler, para brincar, e fazer alguma coisa com o que recebe.”

Fernando Ribeiro e Sónia Tavares reciclam muitos brinquedos e oferecem também muitos, como aconteceu recentemente na escola Escola João de Deus, em Alcobaça. “É importante que as crianças aprendam os valores da generosidade e, sobretudo, aprendam que não podem ter tudo o que querem, valorizando o que têm”.

Bicoitos e bolachas
Venham daí os presentes caseiros
Isabel Ferreira é bancária, trabalha no centro histórico de Leiria. Assiste diariamente às filas intermináveis de carros que nesta época aumenta significativamente. Quando sai do banco, fica chocada ao ver as pessoas sairem das lojas com “enormes sacos, de plástico ou de papel, cada um com um presente, quando bastava apenas um. “É uma loucura ver tanto desperdício, tanto lixo, as embalagens deixam-me angustiada”, diz a bancária, que faz compras na praça (mercado) e usa apenas produtos da época e locais. Isabel Ferreira diz que no Natal “muitas pessoas se transformam, comprando coisas que muitas vezes nem precisam, fazendo só porque é Natal e têm de consumir. Esta forma de estar reflecte-se em tudo, no trânsito, no lixo e nas centenas de quilos de desperdício”. Por isso, Isabel Ferreira não compra presentes de Natal. Às poucas pessoas a quem oferece uma prenda, faz questão de ser ela a fazê-la. “Adquiro os tupperwares que encho com biscoitos que eu própria confecciono. Não é uma embalagem descartável, dura uma vida.” Também Inesa Markova, a bailarina que dá brilho à fachada de um prédio na Avenida Marquês de Pombal, em Leiria, revela que o seu Natal é bem português, apesar de ter nascido na Bielorrússia. Tal como Isabel, também não compra prendas que corrompam o ambiente. “Sinto enorme alegria em oferecer presentes”, conta. “Faço bolachinhas de manteiga e embrulho em saquinhos feitos à mão e gosto de escolher fitas de pano com padrões”, lembra. “Muitas vezes, contacto artistas locais para oferecer presentes mais personalizados, a pensar em cada pessoa em concreto, pois acredito que o presente guarda a energia com que o preparamos e entregamos à cada pessoa especial da nossa vida.”
Etiquetas: aberturaconsumismofestanatal
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