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Home Sociedade

O olhar melancólico sobre a Mata de quem foi mestre florestal

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Dezembro 9, 2017
em Sociedade
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O olhar melancólico sobre a Mata de quem foi mestre florestal
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É natural da Burinhosa, mas é na Marinha Grande, no Bairro de Pedreanes, que António Raimundo Soares passa o dia. O dia de hoje e todos os dias das últimas décadas. Afinal, foi ali que trabalhou e é ali que reside, à beira do Pinhal de Leiria, o antigo mestre florestal.

António Raimundo Soares nasceu a 9 de Março de 1935. É o segundo filho de um casal de humildes trabalhadores do campo, que moravam com as suas seis crianças na Burinhosa, no concelho de Alcobaça. A família alargada e as parcas posses do agregado familiar não permitiram que António se alongasse nos estudos.

O menino gostava de ler, nunca reprovou na escola, mas não teve alternativa se não começar a trabalhar dias depois de ter completado 11 anos.

 [LER_MAIS] O primeiro emprego foi numa olaria. Faziam-se telhas para a construção. Ganhava-se 10 escudos por dia e mais tarde 12, recorda António, que ficou neste ofício durante três anos. Mas o trabalho na olaria não era garantia de futuro, porque o ramo da construção não era estável.

A opção foi a dos serviços florestais na Marinha Grande. António tinha 14 anos quando integrou a equipa do Estado. A sua primeira função foi a da manutenção das linhas do Comboio de Lata, que, na ausência de estradas condignas no interior do Pinhal do Rei, serviam de ligação entre a Marinha Grande e São Pedro de Moel, transportando lenha da floresta para a cidade, e para fora dela, através da ligação à estação de caminhos- de-ferro da Marinha Grande, recorda António.

E as funções que se seguiram continuaram a ser de estreita ligação com o pinhal. Primeiro António candidatou- se ao posto de guarda florestal. Superou as provas que atestavam o seu conhecimento sobre a Mata, chegou à função de guarda florestal e ficou responsável por vigiar cada corte de árvores, cada movimento que fosse feito na floresta do Estado.

Mas, para aumentar a remuneração, que não era muita, António decidiu depois candidatar-se ao cargo de mestre florestal. Nesse caso, os serviços de segurança da floresta já passavam pela coordenação de uma equipa de trabalhadores. Geograficamente, os seus serviços foram cumpridos em vários pontos do País. Monte Real, Vieira de Leiria e até Sintra foram alguns dos locais para onde António foi destacado. Já não esperava sair de Sintra, quando teve ordens superiores para se transferir para Pedreanes, na Marinha Grande.

Nessa altura já era casado e tinha dois filhos. Havia boa relação com a equipa de trabalho e com a vizinhança. Mas ordens eram ordens e António Raimundo Soares teve de regressar à Marinha Grande com a família. Embora a vista sobre o Palácio de Sintra fosse muito agradável, a Mata Nacional de Leiria é bem mais bonita. E um pouco menos trabalhosa, no sentido em que o terreno é mais plano, compara o mestre florestal.

Foi na Marinha Grande, no Bairro de Pedreanes, que António criou os dois filhos e que pode dar-lhes uma vida tranquila. Além do trabalho na Mata, cujos escritórios ficavam no belíssimo Parque do Engenho, António sempre teve gosto e paciência para cultivar a sua horta, cuidar da sua estufa e das suas galinhas, que tem no quintal junto à sua casa.

Quando no passado dia 15 de Outubro o fogo consumiu a Mata Nacional, foi de coração apertado que António e a esposa deixaram para trás tudo o que tinham, com medo de não recuperar nada do que tinham conquistado. Regressados a casa, perceberamque se tinham mantido intactos os seus bens, mas que se perdera uma das maiores fortunas da Marinha Grande, o Pinhal do Rei.

António não queria acreditar quando os filhos o levaram a visitar o que restou da Mata. Antes nada se fazia na floresta sem consentimento dos guardas e era bastante a disciplina, aponta António. Mas agora permitiu-se que a Mata se perdesse e serão precisos muitos anos até reaver o que se tinha, constata o mestre.

Etiquetas: culturaflorestaincêndioMarinha Grandemata
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