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O Paradoxo Europeu

Vítor Hugo Ferreira, director-geral da Startup Leiria por Vítor Hugo Ferreira, director-geral da Startup Leiria
Março 30, 2024
em Opinião
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Na Europa, por um lado, assistimos a um crescimento alarmante dos movimentos de extrema-direita e de sentimentos contrários à imigração, manifestações que ganham corpo em várias nações da União Europeia. Por outro lado, o continente enfrenta um desafio demográfico sem precedentes: o rápido envelhecimento da população, acompanhado por taxas de natalidade persistentemente baixas, bem abaixo das necessárias para a reposição populacional, coloca em risco o funcionamento económico.

Dados do Eurostat apontam para uma realidade preocupante. A taxa média de fecundidade na UE estava, até recentemente, abaixo de 1,5 filhos por mulher, significativamente abaixo da taxa de reposição natural da população de cerca de 2,1 filhos por mulher. Em países como Itália e Espanha, essa taxa cai para números ainda mais alarmantes, rondando os 1,3 (1,4 em Portugal).

Simultaneamente, a esperança média de vida na Europa tem aumentado constantemente, graças aos avanços na medicina e melhorias nas condições de vida. Este cenário contribui para o envelhecimento populacional, com uma proporção crescente de idosos na população total.

Este envelhecimento populacional traz consigo uma série de desafios económicos e sociais, incluindo a sustentabilidade dos sistemas de pensões e de saúde, bem como a necessidade de uma força de trabalho jovem e dinâmica para impulsionar a economia. É aqui que o paradoxo se torna mais evidente.

Enquanto a necessidade económica e demográfica de imigração é clara — para compensar as baixas taxas de natalidade e fornecer cuidados aos idosos, além de preencher lacunas no mercado de trabalho —, movimentos políticos em várias partes da Europa têm empurrado narrativas contrárias à imigração, muitas vezes baseadas em medos culturais e económicos infundados (na maioria dos casos os imigrantes são contribuintes positivos dos Estados, são mais empreendedores e, ao contrário das narrativas simplistas, mesmo que a escassez de trabalho resulte num salário superior de um trabalhador, uma empresa continuará com falta de outros trabalhadores).

Esses movimentos, que ganharam força em países como França, Alemanha, Itália, e até nos países nórdicos, muitas vezes promovem políticas que visam restringir a imigração, argumentando que ela ameaça a identidade nacional ou o bem-estar económico dos cidadãos nativos. No entanto, a ironia é que, sem a imigração, a Europa pode enfrentar uma crise demográfica ainda mais profunda, com uma população envelhecida.

A solução para este paradoxo não é simples. Requer um equilíbrio delicado entre proteger os direitos e o bem-estar dos cidadãos (é natural a reação a um contexto diferente ou até a problemas de integração e crime) e reconhecer a indispensabilidade da imigração para a vitalidade económica e demográfica do continente.

É ainda crucial combater a desinformação e o medo que frequentemente alimentam sentimentos anti-imigração, promovendo uma compreensão mais matizada dos benefícios económicos e culturais que os imigrantes trazem para as sociedades europeias. 

Etiquetas: dadoseconomiaestatísticaeuropaEurostatimigraçãointegraçãoLeiriaNatalidadeopiniãoregião de LeiriatrabalhoVítor Hugo Ferreira
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