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Home Opinião

O porco que mora em nós

Alexandra Azambuja, publicitária por Alexandra Azambuja, publicitária
Maio 13, 2021
em Opinião
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A Oikos foi medir a qualidade do Rio Lis.

Diz este jornal que: “Os resultados das análises revelam que houve um agravamento da contaminação dentro da cidade e na confluência do Lis e do Lena, junto à ponte das Mestras, antes e depois da junção dos dois.

Esses três pontos registam, aliás, números muito superiores aos da ribeira dos Milagres, já eles acima dos limites legais.”

Fico a pensar que em Leiria cidade devem existir muitas pessoas que têm uma suinicultura em casa, talvez na marquise ou numa cave. Ou num sótão.

Só assim se deve explicar a taxa de contaminação do nosso rio. O mesmo à beirinha do qual gostávamos de passear antes de as margens se tornarem numa pista de desporto.

Porque passear já não faz sentido ao lado da ciclovia, nem sobretudo com o verde gritante que nos lembra a cada passo que ali já não é um lugar natural.

Ali são duas pistas desportivas: uma para bicicletas, outra para peões que gostam de correr.

Penso depois no sentido profundo que isto dos porcos deve ter.

Antes dos Milagres, como se explica a porcaria no rio no trecho da Leiria cidade que não é dos porcos?

Será que quem vota acha mesmo muito mais importante as festas e festinhas e o rio que se dane? Deve ser isso.

É uma das belas coisas da democracia.

Cada um vota no que quer. E pelos vistos em Leiria ninguém quer saber da qualidade da água no rio, também que importância pode ter um rio?

Por isso, porque haveria uma autarquia de gastar a fortuna que deve custar tratar os esgotos da cidade se – toda a gente sabe – “obra enterrada não dá votos”?

Ou então o rio Lis poluído não está assim por causa dos esgotos da cidade e andamos todos a inventar, só para ser do contra. Porque amar uma cidade é dizer que tudo é lindo e maravilhoso, e tudo e tudo…

Temos então uma bela porcaria: na era do eco, do sustentável, do ambientalmente correcto, um rio que nos leva longe a fama de cidade com um rio de vergonha, um rio terceiro mundista na cidade capital de tudo, mas que inconveniência!!

Cá por mim deve-se dar às pessoas o que as pessoas querem. E nisso, convenhamos, as pessoas querem festa.

Vá, portanto, de programar feiras, eventos, comezaina, altifalantes, carros, tudo de preferência colorido, berrante e muito.

Lembro-me sempre do tempo do estádio e da chacina que seria alguém com responsabilidades públicas poder vir dizer que aquilo era um engano, que não, 100 milhões de euros de betão e cadeiras de plástico depois, pouca felicidade trariam a todos nós que pagámos e continuaremos a pagar o monstro.

Quem virá agora explicar às pessoas que, se não tratarmos os rios – o Lis e os outros que pelo mundo fora agonizam – um dia teremos filhos e netos que perguntarão o que andámos a fazer, em festas e festinhas, enquanto ao nosso lado o porco que mora em nós assassinou por incúria, ignorância e ganância, o único milagre que nos salva chamado água potável?

Etiquetas: Alexandra azambujaopinião
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