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Home Sociedade

O que acontece ao cérebro após cegueira? Respostas made in Leiria

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Março 4, 2021
em Sociedade
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O que acontece ao cérebro após cegueira? Respostas made in Leiria
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Cerca de 20% do cérebro humano é dedicado à visão. “O que acontece a esta parte do cérebro após a perda de visão? Fica inactiva? Vai-se dedicar ao processamento de outros sentidos ou funções cerebrais?” Estas são perguntas para as quais Joana Carvalho, natural de Azoia, em Leiria, pretende encontrar respostas.

Distinguida com a Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, a jovem de 28 anos vai receber 15 mil euros para perceber se o cérebro de um humano se reorganiza depois de perder a visão.

Apaixonada pela técnica da ressonância magnética, pelas neurociências e pela área da visão, Joana Carvalho vai ter como amostra 12 ratos com deficiência visual e 12 ratos normais ou com restauração de retina para verificar que alterações ocorrem quando deixam de ver. “Nos humanos conseguimos saber que o nosso cérebro se reorganiza, mas ainda não é possível perceber onde é que está a origem. Como estava mais interessada em saber quais são os mecanismos que originam estas mudanças e esta reorganização do cérebro decidi fazer o meu pós-doutoramento na Fundação Champalimaud, um dos centros que tem as melhores ressonâncias magnéticas do mundo para animais”, explica ao JORNAL DE LEIRIA.

A razão é simples: a fundação irá receber, este ano, “uma ressonância magnética de 18 Tesla, a mais avançada do mundo”.

“É mesmo uma oportunidade única para estudar quais são os mecanismos que originam esta reorganização”, afirma a investigadora.

[LER_MAIS]O projecto premiado surgiu durante o doutoramento de Joana Carvalho, que começou por estudar a reorganização do cérebro humano associado ao glaucoma, uma das principais causas de cegueira nos países desenvolvidos.

“Encontrámos fortes indícios de que o nosso cérebro se reorganiza, só que a ressonância magnética em humanos ainda não consegue ir a um nível muito detalhado. Mas, na Fundação Champalimaud há ressonâncias magnéticas para animais que têm uma carga magnética muito elevada o que nos permite ver, de forma não invasiva, a actividade neuronal a um nível quase celular”, explica.

“O nosso cérebro é extremamente maleável e tem a capacidade de adaptar a sua função e estrutura para dar resposta a doenças, tratamentos, aprendizagem e alterações ambientais. Mas, também sabemos que esta plasticidade diminui drasticamente após a infância. Este projecto visa perceber de que forma o cérebro adulto se reorganiza em resposta à perda de visão e estabelecer quais os factores, por exemplo exposição a luz, que facilitam esta reorganização, já que temos a certeza que “uma criança que perca a visão quase que consegue ter o mapa do mundo que nos rodeia, só através dos sons e cheiros”.

A investigação poderá vir a apoiar na decisão de avançar ou não com algumas intervenções cirúrgicas.

“Quando as pessoas perdem a visão ficam muito desesperadas e querem um tratamento que resulte, mas fazem-se muitas cirurgias inúteis, porque não se avalia se o cérebro tem esta capacidade de se reorganizar, o que é variável de pessoa para pessoa. É inútil conseguir recuperar a função ocular se o cérebro já não conseguir processar a informação visual”, constata.

“Há muitas técnicas de reparação da visão, como as terapias genéticas ou de transplante de retina. Este ano foi feito o primeiro transplante de córnea em humanos, portanto, estamos mesmo na fase em que estas terapias estão a sair do tubo de ensaio para a clínica. Agora, mais do que nunca, é importante estudar o cérebro para saber qual é o melhor momento e se vale a pena aplicar estas terapias”, informa.

Este projecto já foi premiado pela União Europeia, com a bolsa Marie Curie, que garantiu um financiamento de 150 mil euros, o que irá suportar o desenvolvimento da investigação, “pelo menos, durante os próximos dois anos e meio”.

Joana Carvalho confessa que ficou “incrédula” por ser uma das quatro cientistas distinguidas com a Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência.

“O prémio é para mulheres doutoradas até aos 35 anos. Como tenho 28 e quem venceu nos anos anteriores eram pessoas mais velhas e com mais experiência pensei que não tinha hipótese. Como já tinha escrito a candidatura para o prémio Marie Curie não me deu muito trabalho alterar e candidatar-me a este.”

A investigadora garante que nunca sentiu discriminação por ser mulher, mas admite que é difícil chegar ao topo. “Em Portugal há muitas mulheres na ciência, mas quando se começa a pensar em liderar o próprio grupo de investigação, em subir na escala académica, vimos que há muito poucas mulheres que conseguem fazer esta transição.”

Percurso
Investigadora na Champalimaud
Joana Carvalho estudou no Instituto Educativo do Juncal, de onde seguiu para Lisboa onde tirou o mestrado integrado em Engenharia Biomédica. Doutorada em neurociências computacionais, pela Universidade de Groningen, na Holanda, é investigadora no “Grupo de ressonância magnética pré-clínica” da Fundação Champalimaud.
“Contactei com a ressonância magnética e de análise de dados durante um estágio em Boston, que fiz no 3.º ano da faculdade. No meu mestrado trabalhei com a técnica OCT [Tomografia com Coerência Óptica] com a pele.”
Foi no doutoramento que percebeu que tinha gostado de “usar técnicas para estudar o cérebro”.
Até Outubro de 2023 ficará na Fundação Champalimaud para completar o projecto. Joana Carvalho foi uma das quatro premiadas com a Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres da Ciência. Também ganhou uma bolsa Marie Curie
Etiquetas: cientistaFundação Champalimaudinvestigadorajoana carvalhomarie curieMedalha de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciênciasociedade
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