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Home Viver

O Serra que é espécie de LX Factory no campo

admin por admin
Agosto 9, 2019
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O Serra que é espécie de LX Factory no campo
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Clique nas imagens para ver a fotogaleria de Vera Marmelo

O primeiro sábado de Agosto começou cedo no Serra Espaço Cultural, na Reixida, na freguesia das Cortes (Leiria). 

Abriu as portas para celebrar o Verão no Serra, com música, oficinas, conversas, gastronomia e convívio, proporcionando uma oportunidade única para conhecer este projecto que nasceu da conjugação da vontade dos artistas que ali encontraram santuário, com a do Grupo Movi- cortes, proprietário do espaço. 

Um palco já montado anunciava uma tarde de concertos aos visitantes que participavam nas oficinas de agricultura biológica, confecção de comida vegetariana, percussão, construção de troféus em madeira e cianotipia. 

Em frente ao microfone, Sofia Ribeiro que dá corpo e voz ao projecto Lince fazia o soundcheck. Ao lado, Noiserv, o alter-ego do músico David Santos, de escadote às costas, ajudava a colocar sombras para proteger o público da força do matinal sol que já se fazia sentir. 

O Aníbal, o Dirty Bungalow, os Whales, os First Breath After Coma (FABC), os Jerónimo, a Rita e os seus GrandFather's House também por ali se demoravam. O Serra, como é carinhosamente apelidado, é um local de criatividade, de artistas para artistas e para a comunidade às portas de Leiria. 

É um espaço que acolhe um colectivo de criativos, que são de Leiria principalmente, mas que podem ser do Mundo. Nós, que somos os criativos, temos a responsabilidade de o dinamizar", explica Hugo Domingues, músico das bandas Nice Weather for Ducks e Obaa Sima, e presidente da Associação Casa das Artes da Reixida. 

Há dois pilares fundamentais neste projecto: dar condições aos criativos para prosseguirem a sua actividade artística, facultando salas de ensaios e oficinas e abrir o espaço à comunidade para contribuir e receber em troca. 

Mas como foi que tudo começou? A história de ligação à cultura da “casa da Reixida” é longa de tempo e pergaminhos. Quem nunca ouviu falar na célebre sala de ensaios dos Silence 4, nos arredores de Leiria? Aquando do seu regresso em 2014, o grupo recriou em palco esse espaço e deu-o a conhecer a milhares de fãs. 

Na verdade, antes da chegada dos músicos que haveriam de formar a banda dos “quatro fabulosos de Leiria”, como a imprensa os chegou a apelidar, artistas plásticos reconhecidos a nível nacional e internacional, como Nuno Sousa Vieira e João dos Santos, actual director da ESAD.CR, rasgaram ali novos caminhos de criatividade. 

Hoje, o espaço reservado aos criadores é maior. Rober- to Caetano, vocalista dos FBAC, recorda que a banda foi, há quase uma década, a primeira a instalar-se no local. "O complexo estava vazio e, em conversas com o proprietário do Grupo Movicortes, ficou acordado que poderíamos utilizar a parte mais antiga. Deu-nos total liberdade." 

Se tivesse de resumir o que é o Serra, o músico diria que é uma espécie de… “Não gosto de comparações mas, é uma espécie de LX Factory no campo.” 

A visão de um homem
Foi José Ribeiro Vieira, empresário, reconhecido homem da cultura e mecenas de Leiria, quem, nos idos de 90, abriu às artes as portas da casa da Reixida, propriedade do Grupo Movicortes, por si fundado. Ali, fora da cidade, na paz bucólica do vale das Fontes, junto à nascente do Rio Lis, enquadrada pelo relevo da Maúnça e da Senhora do Monte, os criativos encontraram condições para trabalhar. 

Nos anos 2000 o espaço passou por um pequeno período de pousio. Aproveitou o tempo para se fortalecer naturalmente, descansando, à espera de nova vontade de lançar semente na fecunda terra da criatividade. Em 2011, os First Breath After Coma, ainda a dar os primeiros passos nos palcos, precisavam de sair da garagem e de ter um espaço para ensaiar. 

Pedro Marques, o baterista, por ser natural da freguesia conhecia bem a história e o espaço na Reixida. Foi ele quem convenceu os restantes elementos da banda a irem falar com Ribeiro Vieira. A resposta foi positiva e a banda ocupou uma das salas anexas da grande casa. Hoje, a “casa” é o lar dos First Breath e da Casota Collective, um multipremiado núcleo de criação audiovisual, que resultou da vontade de vários elementos da banda em encetar uma produtora de vídeo e som de novas bandas nacionais. 

QUEM SÃO OS CRIATIVOS DO SERRA?

O Serra, como por ali é carinhosamente apelidado, é um local de criatividade, de artistas para artistas e para a comunidade, que junta 18 projectos criativos

Artes Plásticas
. Isa Carvalho
. Leonardo Ritto
. Lisa Teles
. Nuno Gaivoto

Música
. Ayamonte Cidade Rodrigo
. Clima
. Few Fingers
. First Breath After Coma
. Jerónimo
. Lince
. Me and My Brain
. Nuno Rancho
. Obaa Sima
. Whales

Vídeo e Som
. Casota Collective

Design
. Teresa Gameiro (Ana Teresa Neves)
. Valentim Sousa
. Vicara Lab (Paulo Sellmayer)

José Ribeiro Vieira faleceu em Janeiro de 2012, mas o seu legado continuou. As filhas agora proprietárias do espaço acederam disponibilizá-lo e a investir num local dedicado à criatividade. 

Alexandra Vieira resume a razão a três palavras. “O meu pai.” A empresária explica que foi ele e a sua forma generosa de olhar a vida e de gostar de estar também rodeado de pessoas diferentes, de valorizar a arte, que esteve na origem do projecto. 

“E nós continuámos isso. Talvez haja aqui a mesma forma de olhar o mundo. Eu tenho mais esse ‘pelouro’, mas o olhar passou para ambas. Atenção que, ultimamente, não é um ministério fácil. A cultura… ai a cultura. Para que serve ela? Mas estou habituada.” 

À medida que foram aparecendo mais pessoas, o sentimento geral era que que estávamos um para cada lado. “Era preciso gerir o espaço comum. Basicamente, saber quem leva o lixo e quem limpa o frigorífico", brinca o músico Nuno Rancho, que fez o seu covil no Balneário Estúdio. 

"Era mesmo o balneário antigamente! O sítio onde gravo as vozes era o antigo chuveiro e podemos dizer sempre que estamos a cantar no chuveiro." A 31 de Outubro de 2018, foi criada a Associação Casa das Artes da Reixida. 

"Há já três anos, que pensámos em criar uma associação, porque percebemos que as coisas estavam a ficar sérias", recorda Roberto Caetano. O local foi sendo ocupado por criativos de diversas áreas, mas sempre houve um especial foco na música. A banda Nice Weather for Ducks foi o segundo grupo a encontrar ali o lar e seguiram-se os Whales, em busca de mares tranquilos. 

Residências artísticas 
Casa Ribeiro Vieira abre-se à criação

Leiria, garantem-nos, está a tornar-se num pólo de atracção da música independente nacional, graças ao trabalho do Serra Espaço Cultural. 

"A cidade está atractiva culturalmente mas não é para as massas", afirma Roberto Caetano, adiantando que os criativos que ali fizeram o seu lar pretendem que a casa da Reixida seja “um alber- gue para artistas” que queiram fazer residências. 

“Sejam músicos, artistas plásticos ou de outras formas de criatividade. No primeiro andar, há uma grande cozinha comum, quartos e uma sala. Na parte de baixo, que Leonardo Ritto usa como atelier, irá ser o local de criação", explica o vocalista dos FBAC. 

No ano passado, sem grandes confortos, a banda instalou-se na casa durante os seis meses de Outono e Inverno, para compor, gravar, editar e filmar o álbum visual NU. "Nem tínhamos aquecimento, mas foi o mote para a ideia ganhar força e avançar", recorda Roberto com um sorriso. 

Agora, já há mobília, paredes pintadas de fresco, calhas e algerozes limpos e reparados. Noiserv, alter-ego do músico David Santos, tornou-se, nos últimos meses, numa cara familiar na cidade e no Serra. 

Amigo dos FBAC, com quem está a preparar um concerto em conjunto para hoje, dia 9, no Bons Sons, que arrancou ontem, dia 8, em Cem Soldos (Tomar), fugiu de Lisboa e refugiou-se à beira Lis. Também a banda Grandfathers House, de Braga, está neste momento ali a viver em residência. "É verdade que, em Lisboa e Porto, está tudo concentrado. 

Mas Leiria e o Serra dão espaço e tempo para a criação", sublinha Roberto Caetano. Na Reixida, a apenas cinco minutos de Leiria, há um espaço que convive com a natureza, que promove a tranquilidade e concentração para trabalhar. 

"Já tivemos cá os Fugly, o Casper e outra malta que conhecemos na estrada e com quem se estabelece amizade."

Depois veio o artista plástico Leonardo Ritto, que diz ter encontrado um segundo lar, o designer Paulo Sellmayer, com o atelier Vicara Lab., e a designer de moda Ana Teresa Neves, responsável pela marca Teresa Gameiro. 

"E vieram mais músicos. A Lince, o Nuno Rancho, Me and My Brain, Jerónimo e os Ayamonte  [LER_MAIS] Cidade Rodrigo…", diz Roberto. Para melhor acolher os criativos, as donas do espaço, realizaram obras e reabilitaram novas zonas. "Baptizámos a casa associada como 'Casa Engenheiro Ribeiro Vieira'. É onde se fazem as residências artísticas", explica Hugo Domingues. 

Hoje, qual é o sentimento das proprietárias, quando, franqueiam as portas do Serra e testemunham a vida e a actividade frenética daquelas pessoas ali a investir nas suas artes? 

“Adoro. Fico muito feliz. Nós ficamos. Digo sempre para não me agradecerem porque são eles que me estão a dar muito a mim, que me deixam feliz. Como sempre digo, a arte faz-me sobreviver ou viver muito melhor. E estar ali no meio dela e poder falar com rapazes e raparigas assim é um enorme privilégio. Faz viver. Fico muito contente e admiradíssima com o seu grau de profissionalismo. Não é só criatividade, é também exigência, competência. Viva a arte. Somos privilegiadas por aquilo que temos ali, junto às nossas raízes mais profundas. E fruto delas mesmas.” 

“Quem pediu a quinoa?!” 
O cheiro a grelhados invade o ar e os estômagos começam a resmungar. Luís Jerónimo, músico dos Nice Weather for Ducks, serve comida e finos atrás de um balcão improvisado. Rancho, o irmão, limpa as grelhas do churrasco e Gil há-de chegar mais tarde. A música e a gastronomia correm fundo no sangue da família. 

À mesa, entre espetadas de soja e couscous, fala-se de concertos e festivais. Do Amplifest e do Bons Sons, que está prestes a começar e onde quase todos irão. “Quem pediu a quinoa?!” Hugo Domingues repete. “Quem pediu vegetariano?” 

Ninguém reivindica a iguaria mas há logo quem dia que não se importa de a comer. Ao som de uma versão do tema Change, do álbum NU, dos FBAC, cantada durante o desafio Open Mic, dirigimo-nos ao atelier de Ana Teresa Neves, criadora da marca de design de têxteis-lar, de acessórios de moda e de moda Teresa Gameiro. 

Trabalha para os mercados nacional e internacional e também aposta em produtos personalizados para clientes particulares e hotéis. Encontramos a criativa a orientar uma oficina onde ensinava a criar moldes para peças de vestuário. 

"É um sítio de paz e incentivo para criar. É um espaço de troca de experiências na área criativa. todos estamos em contacto com o trabalho uns dos outros", resume. Bastas vezes, Ana Teresa desenha, corta e alinhava enquanto escuta discos e músicas que, só daí a alguns meses, serão apresentados ao público. 

"É muito enriquecedor estar com outras pessoas e até pode haver projectos comuns a surgir", vaticina. E o futuro do Serra? Quem passou pelo improvisado toldo que servia de bilheteira e de abrigo a Roberto Caettano, o "homem dos bilhetes", pôde reparar numa maqueta que poderá ser adaptada ao local. 

"Foi desenhada por um grupo de arquitectos de Lisboa. Um deles, é o nosso amigo ∏3 [Pitrez], que é de Leiria. Fizemos o exercício de pensar num espaço criativo e temos já aqui a maqueta. Conta com a casa principal e os pavilhões à volta, formando um U, com uma praça central ajardinada destinada a eventos", explica. 

No final do dia, vem-nos à memória uma pergunta batida: "afinal, quem é o Serra?" É o mais simpático e acolhedor e único habitante permanente do espaço, asseguram- nos. "É o cão de guarda. Quando viemos para cá, habitou- se a estar sempre connosco. Ele é grande, mas é bué fofinho!", garante Hugo Domingues. Afinal, para quem vive e trabalha ali, o Serra é apenas mais um criativo residente.

 

 

Etiquetas: arteCortesculturafirst breath after comajosé ribeiro vieiraLeiriamecenatomovicortesomnichordreixidaserra espaço culturalSilence 4teresa gameiroViverwhales
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