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O concelho de Óbidos após a adesão, no ano passado, à Associação Geoparque Oeste, o município assinou o Memorando de Entendimento, na sexta-feira, ocasião onde foi apresentada também a Carta de Geoconservação.
Estes diplomas levam ao processo de integração de Óbidos naquela que será a segunda candidatura do Geoparque do Oeste a Geoparque Mundial da UNESCO.
A candidatura será alargada ao município de Alenquer e ao arquipélago das Berlengas (Peniche) até ao final do ano, esperando-se que a conclusão ocorra em 2027.
Embora tenha estado na génese do Geoparque Oeste desde 2017, em 2022, não foi possível a Óbidos integrar a candidatura por questões operacionais.
Em comunicado, o director executivo do Geoparque Oeste, explica que a integração de Óbidos coloca esta estrutura territorial “num outro patamar”.
“Somos a referência para o estudo do período Jurássico, temos a maior concentração de ovos de dinossauro por metro quadrado do mundo e com a entrada de Óbidos teremos, certamente, dez novos geo-sítios. Este é um território com potencial e geodiversidade muito grandes, que vem acrescentar [ao Geoparque]”, sublinhou Miguel Reis Silva.
Na sessão que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Óbidos, Sérgio Pinheiro, arqueólogo do município, recordou que a autarquia “tem trabalhado no âmbito da Rede de Investigação no sentido de classificar e inventariar o património”, frisando que já foi encontrado “material no concelho desde o Paleolítico inferior”.
O Geoparque Oeste nasceu em 2017 e contou com a integração dos concelhos de Alenquer, Óbidos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras, compreendendo uma área total de 1600 km2.
Em Março de 2024, o Geoparque Oeste obteve o reconhecimento oficial de entrada para a rede de Geoparques Mundiais da UNESCO.
O presidente do Município de Óbidos, Filipe Daniel, no início deste mandato autárquico, tomou a decisão de fazer regressar o concelho ao projecto do Geoparque Mundial da UNESCO.
