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A nível nacional, o impacto económico do golfe ascende a aproximadamente 420 milhões de euros, ou seja 1,6% do PIB, considerando o efeito catalisador que o mesmo tem na hotelaria, restauração, transportes, entre outras actividades.
Estas são as conclusões do estudo do Impacto Económico do Golfe em Portugal, lançado pela Confederação do Turismo de Portugal e pelo Conselho Nacional da Indústria do Golfe , segundo o qual, o sector gera 110 mil empregos, o correspondente a 2,2% do emprego nacional (dados de 2023).
A relevância do golfe tem vindo a crescer, com um aumento de 56% no Valor Acrescentado Bruto, entre 2019 e 2023, realça o mesmo estudo.
Filipe Daniel, presidente de Câmara de Óbidos, não tem dúvidas de que, também neste município, o golfe tem sido essencial para o desenvolvimento do território.
Recorda que, desde os anos 90, foram construídos quatro campos de golfe: Praia d’El-Rey Golf, Golf West Cliffs, Royal Óbidos SPA & Golf Resort e Guardian Bom Sucesso Golf. Investimentos que foram acompanhados de uma forte aposta em unidades hoteleiras. Aposta que se mantém.
Para breve está a construção de um hotel Hilton, no Bom Sucesso, uma obra estimada em cerca de 15 milhões de euros, adianta Filipe Daniel.
Entre unidades hoteleiras e outras formas de alojamento, existem actualmente 2.170 camas disponíveis em Óbidos, que acolhem público de várias latitudes, muitos dos quais golfistas, vindos de Espanha, Brasil, Alemanha, Estados Unidos, mas também da Austrália, Países Baixos e Polónia. E encontram-se em fase final de licenciamento mais 900 camas, realça o presidente do município.
“Tornou-se um local muito interessante para o golfe, para profissionais e não só. Porque um praticante tem quatro campos diferentes à disposição num só concelho. A médio prazo, gostaríamos de construir mais dois campos para tornar Óbidos na ‘Meca’ do golfe”, conta o autarca.
Os turistas são atraídos pelas paisagens, pela gastronomia e pela segurança do concelho, ao ponto de muitos deles escolherem o concelho para residir, verifica o presidente.
E toda a comunidade se tem envolvido no desenvolvimento desta modalidade. Há escolas que promovem aulas de golfe junto das crianças, de forma desconstruir a ideia de que é um desporto “de elite”, e a autarquia tem apoiado vários eventos desportivos, como é o caso do Open Portugal, que se realiza no concelho na primeira quinzena de Setembro.
Entre os equipamentos idealizados para proporcionar alojamento aos praticantes de golfe (e não só) está o Praia D’El Rey Marriott Golf & Beach Resort. Trata-se de um empreendimento turístico de luxo, que integra um hotel com 177 quartos e suites, alojamentos nas moradias premium do The BeachFront e nos apartamentos do The Village, três restaurantes e um centro de ténis. E é neste resort de cinco estrelas que se encontra um dos campos de golfe do concelho, o Praia D’El Rey, e a sua Academia de Golfe.
Fonte oficial do Praia D’El Rey Marriott Golf & Beach Resort informa que, em média, 35% dos seus hóspedes são golfistas, vindos sobretudo da Europa: Reino Unido, Alemanha e países nórdicos. Quanto às épocas mais altas para a chegada de turistas golfistas são de 15 de Fevereiro a 15 Junho e de 15 de Setembro a 15 de Novembro.
Miguel Abreu, administrador da sociedade que gere o Quintas de Óbidos Centro Hípico, explica ao JL que alguns golfistas ficam instalados no concelho para desfrutar exclusivamente de uma semana de jogos. Mas conta ainda que existem outras pessoas, que chegam para umas férias em família, e que alternam dias de golfe, com dias de passeio a cavalo e outras actividades.
Reconhece que são turistas exigentes e que têm impulsionado o turismo de qualidade em várias vertentes.
