Chama-se Oeste Smart Region a ferramenta desenvolvida pela Comunidade Intermunicipal do Oeste e pela Nova Information Management School, que recolhe, armazena e processa dados provenientes dos 12 concelhos da OesteCIM, instrumento que visa apoiar os municípios e até “alterar o seu paradigma de planeamento e gestão”.
O projecto, que já foi dado a conhecer no âmbito da OesteCIM, foi apresentado esta semana na Câmara da Nazaré, suscitando posições diferentes entre os vereadores.
Paulo Simões, secretário-executivo da OesteCIM, e o professor Miguel Neto, director da Nova IMS, explicaram que o projecto, que conta com apoio comunitário, pretende “dotar a OesteCIM da primeira plataforma analítica integrada de inteligência territorial intermunicipal”, oferecendo “capacidades de recolha, armazenamento, processamento e análise dos dados provenientes dos municípios (bottom-up) e de fontes externas (top-down)”, que visam “alterar [LER_MAIS]o paradigma de planeamento e gestão” das autarquias.
Tirando partido da ciência dos dados e das crescentes capacidades analíticas descritivas, preditivas e prescritivas, Oeste Smart Region tem por metas “promover a criação de produtos e serviços de informação para a administração, as empresas, a academia e o cidadão”, salientaram.
Na prática, a ferramenta congrega dados sobre: ambiente, cartografia, equipamentos, desenvolvimento local, património, infra-estruturas, mobilidade, instrumentos de gestão territorial, transacções em terminais de pagamento e MB, sobre o tecido empresarial, bilhética de transportes públicos, congestionamentos e alertas de tráfego, resíduos, entre outros, relativos aos 12 municípios do Oeste.
Os promotores salientam que os dados garantem “maior sustentabilidade das opções tomadas”, permitem “conceber novos produtos e serviços”, “melhorar a qualidade de vida de quem habita, trabalha ou visita” o Oeste.
Enquanto Fátima Duarte e Paulo Reis (PSD) se mostraram favoráveis a um instrumento, que pode contribuir para melhorar a vida das pessoas, incluindo visitantes, que assim têm mais informação sobre os locais a visitar e os parques onde estacionar – exemplificaram -, João Paulo Delgado (CDU) mostrou preocupação com a inserção de dados na plataforma, para que sejam “fidedignos”.
A leitura dos dados, acrescentou, não pode substituir o contacto directo com a população.
Já Walter Chicharro, presidente da autarquia, frisou que este é um instrumento assente na transparência. Também o vereador Orlando Rodrigues (PS) se disse “fascinado” com aquilo que o projecto tem e pelo que ainda poderá somar.