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Home Opinião

Oito meses

Carlos Matos, presidente da Fade in por Carlos Matos, presidente da Fade in
Novembro 9, 2020
em Opinião
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Comecei a escrever um livro. Comecei a escrevê-lo umas trinta vezes e nunca cheguei à segunda página.

Para ser franco, acho que nem sequer concluí o parágrafo inicial.

Entretanto, coloquei essa tarefa em espera.

Achei que talvez fosse melhor gravar um disco enquanto não me vem a inspiração da prosa.

Comecei a compor com o objectivo de fazer dez músicas.

Em meses gravei apenas uma e vi-me à rasca para terminá-la.

Pelo meio, achei que devia era aproveitar o tempo para remodelar a casa e aprimorar a bricolage.

Percebi, contudo, que a remodelação é um organismo vivo em constante mutação…

Simultaneamente, deu-me uma vontade extrema de melhorar os meus parcos dotes culinários e comecei a tentar ir além da massa e do arroz.

Ao mesmo tempo, achei que a altura era propícia para cadastrar todos os meus discos num banco de dados e organizá-los nos meus escaparates. Para isso, o melhor seria suspender o meu programa de rádio e afastar-me do facebook.

Só assim me concentraria.

Estive, pela primeira vez, arredado das redes sociais durante dois meses.

Sem o Entremuralhas, sem o Monitor, sem a Stereogun, sem a Unidade 304, sem as demais actividades da Fade In, sem os meus dj sets, e sem concertos para promover, achei que chegara o momento ideal para me desligar e aproveitar, na medida do possível, para recuperar alguma sanidade mental.

Isto, claro, se ainda fosse a tempo.

No processo, senti um chamamento interior para escrever um poema por dia durante sessenta dias. Arregacei as mangas e, zás! Em quinze dias escrevi… seis.

Mas eu não sou gajo de desistir, por isso, voltei ao livro que estava a escrever. 

É um livro de memórias!

O problema é que a minha memória já não é o que era e começo a questionar, sinceramente, se não será melhor dedicar-me à agricultura.

É que até tenho o privilégio de ter um pequeno terreno e, como isto anda, nunca se sabe quando teremos de recorrer à autosuficiência…

Não exerço actividade na minha área profissional desde o dia 7 de Março, altura em que recebi em Leiria os míticos Peste & Sida, naquele que foi o último concerto que vi num palco.

Não deixa de ser irónico o nome da banda e a circunstância que estamos a viver.

Há oito meses que estou isolado de tudo e todos.

Tenho tentado cumprir com a minha parte.

Há dias voltei ao facebook, onde tenho escrito sobre alguns objectos que fotógrafo e onde me mostro vivo.

Uma sorte, não?

Etiquetas: Carlos Matosopinião
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