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Existe a necessidade urgente de conservar e preservar o espaço e a memória do património histórico, antropológico, cultural, etnográfico, social, etc.
A Olaria da Bajouca é um exemplo da necessária salvaguarda, sendo a base de uma antiga rede que se mantém minimamente ativa através da insistência e da intrepidez de sete oleiros.
Uma rede que passava por muitas das freguesias do concelho de Leiria e que se alongava pelo distrito com destaque para Porto de Mós, Alcobaça e Caldas da Rainha.
Na região, esta rede, tanto a nível de artesãos, mercados ou pequenos estabelecimento, estendia-se pelos distritos de Lisboa, Santarém e Coimbra.
Neste sentido, é crucial fazer um levantamento histórico-antropológico da olaria da Bajouca, como peça característica, e desenvolver a creditação da mesma para que não se volte ao esquecimento que tanto aniquilou a olaria artesanal da região.
Não ignorando alguns dos trabalhos académicos e de pesquisa já existentes, fundamentais para ajudar no processo…
Em Portugal, existe a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas Cerâmicas (APtCVC) que tem desenvolvido um trabalho enriquecedor em parceria com 24 municípios e vários membros honorários.
No caso concreto da Olaria da Bajouca, o Município de Leiria está a promover um trabalho enaltecedor de classificação de Interesse Municipal para caminhar para a consequente certificação.
Não querendo o CEPAE, membro honorário da APtCVC, ser porta-voz do Município de Leiria (sócio-fundador do CEPAE), esta missão da autarquia leiriense só poderá ter sucesso se contar com a colaboração de todos os que têm informação sobre a antiga rede da Olaria da nossa região, frisando, de novo, a Bajouca como polo ativo e central da mesma.
Este é um projeto que já tem a colaboração dos oleiros da Bajouca, através da associação que os representa – O Barro na Mão do Oleiro – assim como da Associação Bajouquense para o Desenvolvimento, da Junta de Freguesia da Bajouca e da Cidade Criativa da Música.
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990
