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Home Opinião

Olhar as estrelas

Luís Mourão, dramaturgo por Luís Mourão, dramaturgo
Setembro 27, 2018
em Opinião
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Ando com esta guardada para vos contar há meses. Li no diário catalão “La Vanguardia” em 27 do Junho de 2018, que um professor anónimo deu aos seus alunos do 3.º ano uma lista de trabalhos de casa para as férias que teve o seu fugaz momento de glória depois de uma mãe a ter colocado nas redes sociais e foi imediatamente esquecida.

Podia pelo contrário ter servido como catalisador exemplar de uma clarificadora discussão sobre o que andamos a fazer às crianças, na escola e na família.

Creio que é suficiente enunciar aqui algumas das tarefas dessa lista extraordinária (infelizmente extraordinária, tenho de dizer): “Vê amanhecer; Telefona ou envia uma mensagem a 3 companheiros/as de classe; Vê um filme em família; Cuida de uma planta; Salta para uma piscina e salpica tudo; Olha as nuvens e dá-lhes forma; Diverte-te com os teus amigos e familiares; Toma conta de ti, acredita em ti e cuida-te; Anda um bom bocado sem sapatos; Escreve e envia um postal; Recolhe conchas na praia;  [LER_MAIS] Lê dois livros e algumas bandas desenhadas; Aprende a cozinhar seja o que for, sempre na companhia de um adulto; Aprende a fazer alguma coisa nova; Ri-te até que te doam as bochechas; Dá, todos os dias, pelo menos, 3 abraços; Diz a alguém que gostas dela, olhos nos olhos; Faz 2 amigos/as novos; Olha para as estrelas durante algum tempo; Disfarça-te; Vai a um museu e a uma exposição; Visita uma cidade ou um sítio que não conhecias; Uma noite, deitate muito tarde; Come uma peça de fruta e um vegetal acabadinhos de apanhar; Vai a uma biblioteca; Em casa, ajuda a fazer pelo menos 2 tarefas; Aprende 3 anedotas que não conhecias.”

Há mais trabalhos de férias mas, creio que já têm uma boa ideia do que estamos a falar. E tenho a certeza que, mesmo que só tivesse cumprido parte das tarefas, os alunos deste professor entraram este ano na escola melhores alunos e “pessoas mais pessoas” do que quando dela saíram. Lembro-me com frequência de uma frase do Oscar Wilde quando penso na escola e nas práticas mais comuns de sala de aula, “We are all in the gutter, but some of us are looking at the stars.”

(“Estamos todos na sarjeta mas, alguns de nós estão a olhar as estrelas”). E não é nada raro que lhes arranquem os olhos.

*Dramaturgo

Etiquetas: Luís Mourãoopinião
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