Nas últimas semanas, vários estabelecimentos comerciais da Marinha Grande foram alvo de furtos. A última ocorrência relatada ao nosso jornal teve lugar numa pastelaria, na madrugada de dia 1 de Fevereiro. E só no dia 29 de Janeiro foi assaltada outra pastelaria, um café, uma pizzaria e um posto de abastecimento de combustíveis, que acabou por ser furtado de novo na madrugada seguinte. Quinze dias antes, já outra pastelaria tinha sido alvo do mesmo crime.
Ao JORNAL DE LEIRIA, a PSP confirmou “vários furtos a estabelecimentos comerciais e duas tentativas de furto” na Marinha Grande, entre “finais de Janeiro e início do mês de Fevereiro”.
Na pastelaria Maglice, o assalto aconteceu perto da meia-noite, de 31 de Janeiro para 1 de Fevereiro. De acordo com a proprietária, [LER_MAIS]os assaltantes partiram vidros para entrar e levaram da caixa o dinheiro de dois dias de trabalho. “Os vizinhos alertaram a PSP. Disseram-nos que eram três homens e uma mulher, encapuzados”, refere.
Na pastelaria Norte, o furto aconteceu pelas 3 das manhã de 29 de Janeiro e foram os vizinhos que, ouvindo o alarme, alertaram os proprietários. “O trabalho foi feito por mais do que uma pessoa”, acredita o dono do espaço, que lamenta prejuízos de cerca de 15 mil euros, entre estragos na porta, causados pelo arrombamento, e o furto da máquina automática de pagamentos.
O proprietário teve conhecimento de que, na mesma noite, foi assaltado um café, uma pizzaria e um posto de abastecimento de combustíveis. Já no posto de abastecimento, o nosso jornal apurou que esse estabelecimento voltou a ser alvo dos criminosos na madrugada seguinte. Nas duas ocasiões, foi furtado tabaco.
A proprietária da pastelaria Adão e Eva I contabiliza prejuízos de 2500 euros causados pelo furto, que decorreu em meados de Janeiro. “Temos alarme, que soou no nosso telefone e, pelas câmaras de vigilância, vimos que os assaltantes eram dois rapazes”, relata a proprietária. “Levaram os trocos que tínhamos na caixa, destruíram o computador e levaram a máquina de brindes”, conta a dona do espaço.
Para conseguirem subtrair cerca de 100 euros, deixaram um prejuízo de milhares, lamenta. O tema da segurança na cidade mereceu de resto uma intervenção do presidente do município, na reunião de câmara de segunda-feira (ver caixa).
“A nossa terra é segura”
“A nossa terra é segura”, defendeu Aurélio Ferreira, presidente da autarquia, na última reunião de câmara, admitindo, contudo, a ocorrência de casos pontuais. O autarca lembrou que o concelho teve uma “alteração sociológica num passado recente”, na última década, com uma vaga de imigrantes vindos do Brasil, Índia, Nepal, também da Ucrânia. Não associa, porém, que tenham sido estas pessoas a causar insegurança. Trazem, isso sim, alguns condicionantes em termos habitacionais. Ainda assim, vai tomar posse o Conselho Municipal de Segurança, para sentar várias entidades à mesa para resolver este e outro tipo de problemas que surjam, notou Aurélio Ferreira. No que à habitação diz respeito, também o vereador António Fragoso informou ter sido detectada a sobrelotação num apartamento, ocupado por imigrantes, situação que foi reportada às entidades competentes.