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Home Opinião

Ondas, mergulhos e marés

Paulo Sellmayer, designer por Paulo Sellmayer, designer
Outubro 9, 2020
em Opinião
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Entrar no mar é uma dança.

Se me desleixo, acabo a pisar a borda do vestido da onda que rebenta no meu corpo e a enrolarme na areia que sustenta o mar agora revolto. Não seria a primeira vez, nem a última.

Quem dança por gosto mergulha de cabeça, engole água, respira fundo e volta a mergulhar, à procura de uma onda melhor. Se oiço a música que a cadência das ondas toca, e entro a meu ritmo, partilhamos o momento, num abraço líquido e total.

Transformo-me em peixe, ofegante pela temperatura a que me haverei de habituar, certo que as ondas que surgem terão diferentes tamanhos, comprimentos, durações e formas de rebentar.

Entrar na onda é também sair dela, pelo próprio pé, triunfante.

Dançar com o mar significa estar apenas numa onda de cada vez.

Apesar de haver vagas, momentos de acalmia e aquele lugar que é aparentemente parado onde as correntes me levam para longe, o mar é no fundo um conjunto de ondas, que rebentam à vez nas areias e rochas da costa.

Mas isto depende muito da maré.

Se alta, permite-me mergulhar de cabeça, rompendo um volume aparentemente intransponível e ameaçador que se quebra ao contacto com o meu corpo.

A cada fôlego de recuperação, enche-se o mar de resposta à pergunta “quando me deixas entrar?”

Se baixa, a maré espraia o mar em ondinhas baixas e leves, levando a inconsequentes carreirinhos e a mergulhos prepotentes, como se aquele estado do mar fosse o seu verdadeiro ser.

O mar assim não se deixa vencer, está a aguardar pela lua certa para que o enfrente.

Apesar de todos os anos tomar banho no mesmo sítio, o mar nunca está igual.

Às vezes mudo de praia, onde o mar está mais calmo.

Às vezes prefiro a bandeira amarela à verde.

Outras vezes, prefiro a liberdade de ficar sem pé na maré alta, aproveitando a inconstância das ondas que me obriga a nadar e a mergulhar sempre que necessário.

Às vezes sei que, ao tomar banho, a única certeza que tenho é a de que a água vai estar fria.

Mas até isso eu gosto, faz-me sentir vivo.

Senão tomava banho na piscina.

Etiquetas: opiniãopaulo sellermayer
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