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Home Opinião

Os fascistas

Luís Mourão, dramaturgo por Luís Mourão, dramaturgo
Outubro 4, 2022
em Opinião
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Regresso com muita frequência a um pequeno texto de Umberto Eco intitulado Ur-Fascism, de que só tenho uma versão em inglês, a língua em que foi originalmente escrito e lido, incluída no livrinho a que deram o nome de How to spot a fascist.

A versão em português do Brasil, que existe mas eu não li, chama-se Fascismo eterno.

Resumo alguns sinais: O culto da tradição, que alimenta uma leitura sincrética do passado e uma projecção no presente e no futuro de elementos factuais amalgamados ou mitológicos;

A rejeição irracional do modernismo, visto como ponto de partida de todos os males do nosso quotidiano;

O culto da acção pela acção, como negação da reflexão prévia e a identificação de pensamento com fraqueza, emasculação ou covardia;

A discordância para um fascista é traição, ponto final;

O medo da diferença.

Cito: “O primeiro apelo de um fascista ou movimento fascista é aquele que se faz contra os intrusos. Por isso é sempre racista por definição.”;

Apelo à frustração social, dirigida sobretudo a uma classe média que sofre os efeitos de uma crise económica, assustada pela pressão de grupos sociais mais empobrecidos e que cultiva sentimentos de frustração e humilhação política;

A obsessão com uma “conspiração” do “sistema”, dos partidos, dos grupos ou indivíduos que ocupam posições de poder;

O inimigo é sempre muito fraco e muito forte ao mesmo tempo na retórica fascista;

O pacifismo é um compromisso com o inimigo, nada mais;

Desprezo absoluto pelos “fracos”, onde os pacifistas se incluem, naturalmente;

Intolerância e condenação dos comportamentos sexuais menos comuns, da homossexualidade à castidade;

Fortíssimo investimento nos espaços populistas de televisão e internet nos quais a resposta emocional de um grupo seleccionado de cidadãos pode ser apresentada como ‘Voz do Povo’ e;

O uso de um vocabulário pobre e sintaxe elementar cumpre a função de limitação dos instrumentos para uma reflexão crítica e complexa.

Não tenho aqui espaço para mais, leiam vocês o texto de Eco e, mais do que tudo, os sinais que nos chegam de todo o lado.

Assim o tivessem lido e agido em conformidade os húngaros, indianos, italianos, brasileiros, norte-americanos, franceses, espanhóis e “tutti quanti”.

Já chega.

 

Etiquetas: Luís Mourãoopinião
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