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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Em Portugal, as estatísticas revelam que, a cada hora, três pessoas sofrem desta enfermidade e apenas duas sobrevivem. Entre os sobreviventes, quase metade fica dependente de terceiros para conseguir assegurar as actividades do dia-a-dia.
Na semana em que se assinala o Dia Nacional do Doente com AVC, o JORNAL DE LEIRIA foi ao encontro de quem, de repente, ficou sem chão, mas conseguiu erguer-se, com muito esforço e determinação, com a ajuda preciosa das equipas médicas e de reabilitação e o apoio de familiares e amigos.
Ao lermos o testemunho destes sobreviventes, é impossível não nos sentirmos inspirados pelos exemplos de coragem, superação e esperança. Alguns perderam a destreza na fala, a liberdade de movimentos, sofreram perdas de memória e de autonomia, mas superaram as dificuldades e recuperaram a alegria de viver.
Muitas destas histórias realçam também a importância de uma rede de suporte no processo de recuperação física e emocional dos sobreviventes de AVC, quer no apoio aos próprios pacientes, quer aos seus familiares, do que é um excelente exemplo o Grupo de Ajuda Mútua, criado por quatro profissionais de saúde (Marta Gôja, Marta Domingues, Teresa Peralta e Susana Martins), em Leiria.
Ao mesmo tempo, os casos relatados no trabalho de abertura deste jornal, demonstram que o acidente vascular cerebral não escolhe idades nem atinge apenas os mais sedentários.
O que quer dizer que além da prática regular de exercício físico, da dieta saudável e da redução do consumo de álcool e tabaco, é fundamental ter muita atenção aos sintomas, porque cada minuto sem assistência médica especializada pode ser determinante para o sucesso da recuperação.
